Review: Kimi wa 008 O cara normal que vai parar numa escola de espiões.

Vitor Nascimento
(Podcaster)
@ifusic
©Shogakugan/Matsuena Syun

Kimi wa 008 – Ficha técnica

Gênero: Ação, Comédia, Ecchi
Autor: Matsuena Syun
Revista: Shounen Sunday
Editora: Shogakugan
Estreia: Fevereiro de 2018

Obs: Essa review equivale à minha experiência com os primeiros 8 capítulos da obra, que se encontra em andamento.

Kimi wa 008 narra a história de Akashi Eito, um estudante normal, que, estranhamente, conseguiu reprovar em todos os exames de admissão para o ensino médio nos quais participou. Posteriormente, ele é chamado por uma escola singular e misteriosa, devido à relação que seu pai tinha com a instituição. Essa escola, o Colégio Nacional Nakano, é uma organização secreta que treina agentes (algo semelhante a espiões). Lá, o protagonista conhece vários aspirantes a agentes, entre eles a bela Ayame Kido, com quem mantém uma boa relação. O lema do mangá é “Um conto de ação e espionagem que se unem pela coragem e amizade”.

A estreia do mangá foi celebrada com uma certa pompa, pois o autor, Matsuena Syun, já é um velho conhecido; ele é o criador do mangá Shijou Saikyou no Deshi Kenichi, que conseguiu alcançar a incrível marca de 589 capítulos. A recepção desses primeiros capítulos foi positiva, tendo amplo apoio editorial por parte da Shounen Sunday. Caso o sucesso perpetue, e levando em conta o que foi mostrado do enredo até o momento, Kimi wa 008 pode gozar de uma série bem longa.

O protagonista é fraco e impotente em comparação com os outros alunos; que estão inseridos nessa perspectiva desde a infância. A escola é bastante rígida, testando os alunos em exames com risco de morte. Porém, Eito tem uma arma ao seu favor: ele é o personagem principal; conseguiu se salvar várias vezes, por astúcia ou simplesmente por ter a garota mais forte do colégio ao seu lado. Seus ideais lembram um pouco os do Shirou de Fate/Stay Night, sendo obcecado pela justiça.

©Shogakugan/Matsuena Syun

Prosseguindo

A outra personagem digna de nota é a heroína principal: Ayame Kido. Ela se mostrou bem legal até o momento. Sua personalidade puxa mais para o lado “kuudere”; é bem forte, sendo que quase todas as cenas de ação legais do mangá tiveram sua participação. O passado dela ainda é uma incógnita, mas deve ser mais explorado no futuro. Já foi deixado meio claro que ela será o par romântico do protagonista.

É possível perceber, por esse início, que o mangá não vai ser muito sério. Apesar de tentar passar emoção em algumas cenas de ação, a comédia acaba se sobressaindo mais. Eu, particularmente, não senti tensão nas provas “com risco de morte”, pois simplesmente esse risco não consegue ser passado. O fanservice, provavelmente, tem um pouco de culpa, pois é bastante presente, tanto nas lutas, quanto em momentos cotidianos. Ângulos sugestivos, roupas reveladoras, “atributos” potentes e até mesmo um pouco de nudez: o pacote completo.

©Shogakugan/Matsuena Syun

Em relação à arte, o autor consegue desenhar boas lutas, dando uma noção satisfatória dos movimentos. O Character Design não chega a ser incrível, mas também não incomoda, apesar de passar a sensação de um estilo mais antigo. As páginas coloridas são agradáveis, especialmente uma da Ayame tomando banho no capítulo 6; a imagem não pode ser exposta aqui pois, bem… é NSFW (+16).

Kimi wa 008 vem se firmando como uma obra divertida, que não é maçante de forma alguma. Porém, o enredo deve tentar se expandir mais, e tempo para isso não vai faltar. Apesar de possuir alguns fatores anti-climáticos, o mangá não peca na execução da sua proposta, que não é muito pretensiosa. Se você quer uma história de ação descompromissada com bastante fanservice e comédia, vale a pena dar uma olhada nesse.

Nota: 6 – Agradável 

 


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