Tokyo Ghoul: Esclarecendo a polêmica A tendência que colocou a obra nos holofotes.

Vinicius Rodrigues
© Pierrot / Sui Ishida

Não é de hoje que animes e mangás são alvos de polêmica e notícias ao redor do mundo. Ou não se lembram que em 2003 no Brasil, quando Yu-Gi-Oh estava em seu auge, nosso querido Gilberto Barros, que apresentava o programa Boa Noite Brasil, fez um programa especial acusando a obra de ser coisa do demônio?

Gilberto Barros/Boa Noite Brasil
© Boa Noite Brasil

Esse fato teve uma enorme repercussão e, com toda certeza, muitas crianças ficaram sem suas adoradas cartinhas da série.

A bola da vez foi o mangá Tokyo Ghoul (leia-se Tokyo Gûru), de Sui Ishida, que ficou mundialmente famoso depois de ganhar sua série animada.

O fato começou quando alguns adolescentes chineses começaram uma nova prática de automutilação, chamada de human embroidery (bordado humano). Vários veículos de notícias acusam a obra de ser a principal causa dessa nova onda. Foi dito que os jovens foram influenciados pelo personagem Juuzou Suzuya, que é um adepto desta “arte”. (Porém, em nenhum momento isto é visto como algo bom; os próprios personagens demonstram repulsa diante disto).

Human Embroidery (bordado humano)
© Asia One

A obra também foi acusada de ter um teor violento e macabro. As notícias estão cobertas de sensacionalismo e mentiras.

Como sempre, as pessoas buscam algo para culpar e escapar do fardo de assumirem seus erros. Oras, é mais fácil usar um bode expiatório do que assumir os próprios erros diante do fato de não prestarem total atenção a seus filhos, que podem indicar tendências depressivas e suicidas, preferindo culpar um mangá que, se analisarmos, pode-se encontrar diversas críticas sociais.

Na minha infância, onde não havia códigos de censura, as crianças assistiam animes com violência gráfica excessiva e isso não influenciou o comportamento de nenhuma delas.

Eu, por ser um fã de Ruroini Kenshin quando criança, nunca tentei atacar ninguém com uma espada samurai.


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