Ficha Técnica: Ruri Rocks (Ruri no Houseki)
Gênero: Slice of Life, Educacional, Aventura
Estúdio: Studio Bind
Diretor: Shingo Fujii
Origem: Mangá
Data de estreia: 6 de julho de 2025
Ruri Rocks conseguiu atrair minhas atenções para uma série de elementos que gosto. Já falei um pouco da minha vida por aqui em outros textos, e nada com necessidade de secretismo de você, nosso público. Como que minha primeira paixonite foi de uma Nikkei no pré, ou mesmo que um amigo tinha TV fechada no começo dos anos 2000, e tínhamos um grupo robusto para ver animes na casa dele. E hoje vai mais um, originalmente no ensino médio, eu queria seguir carreira na geografia, e para seguir numa área que até rende um dinheiro interessante, a geologia.
Área a qual o anime aqui aborda e de maneira muito didática, ao mesmo tempo que se integra num enredo de maneira muito interessante. A segunda coisa que me atraiu foi a boa qualidade da animação, que certamente entra para uma das melhores da temporada, e vindo dos Studios Bind, de onde Mushoku Tensei veio, não é surpresa. Ruri é um slice of life, e da mesma forma que a abertura de A Vingança da Pantera Cor-de-Rosa de 1978 não precisava ser tão detalhada nos solos (e ainda bem que foi), e acabou sendo (na minha opinião) a melhor versão de uma das músicas mais conhecidas do mundo ocidental, Ruri se destaca com facilidade ante a outros animes slice of life.
Até por que, exibir a natureza de pedras e cristais preciosos e o ambiente que os origina, realmente atrai aos olhos, mesmo dos mais exigentes quanto a animações japonesas.
A terceira coisa que me agradou foi o belo design das personagens, que é vivo e exibe a natureza da persona de cada uma. Ruri Tanigawa, que dá nome ao anime, é energética e disposta, além de mostrar ser um pouco mais preocupada com a aparência, com trejeitos de patricinha, mas não esnobe.
E o que falar de Nagi Arato? Ela é o pivô da protagonista, pós em mineralogia, uma figura adulta, madura, e absurdamente cativante com sua voz pacífica, além de uma beleza que me cativou. Não vou mentir, na nossa prancheta de escolhas dada pela nossa Ana kami-sama, ao fazer as capas da Temporada de Verão 2025, logo a vi na capa do anime, e com um pouco mais de atenção, adicionei na minha lista, e aqui está, sendo a quarta coisa que atraiu minhas atenções, e por razões um tanto quanto…óbvias!
Voltando ao que eu disse no começo, o enredo é incrivelmente bem implementado, girando entorno da geologia, o que parando para pensar e rebuscar das brumas da memória, eu ainda não tinha visto algo do tipo, nem mesmo em séries ou filmes.
E sei que muitos consideram geografia como sendo uma matéria chata (o que discordo), mas aqui a didática sobre minerais e natureza é bem colocada ao público, com explicações que estão integradas com o contexto de cada cena, e com a serenidade da voz dada à Nagi Arato, acompanhar se torna mais interessante (quem dera seu eu tivesse professoras como ela).
O enredo é simples e direto, Ruri quer muito um colar de quartzo, pede dinheiro para a mãe, que nega, e descobre por meio dela que seu avô procurava por quartzo nos montes próximos de sua casa, daí Ruri tenta se aventurar sozinha, conhece à Nagi, e ambas vão descobrindo a natureza do Japão, com Nagi instruindo a pequena Ruri, despertando nela uma paixão pela geologia.
É interessante de fato ver até onde os animes japoneses podem chegar, e ver que a liberdade criativa pode levar uma obra a novas trilhas, e no caso de Ruri, bem literalmente. Slice of life pode não ser o gênero mais procurado por aqui, mas é com toda certeza um que não peca na falta de variedade.
Arrisco a dizer que se ensinassem geografia assim nas escolas, quem sabe, a percepção de geografia não seria diferente? É um anime agradável, o que os americanos colocam como “wholesome”, saudável quanto a natureza da coisa. Não tem poderes, gritos, tramas ridiculamente elaboradas, só mulheres na natureza, rendendo belas cenas.
Sinopse:
Ruri Tanigawa é uma estudante do ensino médio apaixonada por joias e acessórios. Sua curiosidade a leva ao mundo da mineralogia, onde conhece Nagi Arato, uma estudante de pós-graduação na área. Juntas, elas embarcam em uma jornada de descobertas, explorando montanhas, rios e cavernas em busca de minerais raros. Através dessa aventura, Ruri desenvolve uma nova perspectiva sobre o mundo natural e fortalece laços de amizade.
Expectativas:
Ainda me pergunto, como um anime desses não vem dublado, dona Crunchyroll? Este era um anime para ser propagado, principalmente pelo fator de unicidade. No geral, é um anime belo, com enredo diferenciado, personagens bem aplicadas na obra, e um design que cativa, fora a qualidade da animação, que certos animes graúdos pecaram por vezes.
Não diria que é um anime somente para o almoço, pois é leve, mas realmente cativa por ser belo de maneira natural, como a beleza natural que ele exibe. Assisti a ele duas vezes, e na segunda passagem, sem legendas, só para admirar a natureza da obra. O anime proporciona de fato um interesse pela área, assim como outros slice of life fazem, mas de forma mais leve e bela.
E por bela, esperem cenas lindas em todos os quadros, destacando as personagens, principalmente a Nagi, com belos quadros dela por toda a obra. Sem contar a boa ambientação pela trilha sonora e visuais com profundidade, arrisco dizer que boa parte das cenas foram tiradas do mundo real, o que torna a obra mais incrível ainda.
Se quiser algo de diferente na sua temporada, eu indico Ruri Rocks para você, indubitavelmente! O bom visual da obra, tanto pelos designs das personagens, quanto a bela natureza exibida na obra, além de uma trilha sonora agradável e boa qualidade, vão te atrair como me atraíram, mas o farão contigo por motivos mais nobres do que os meus, eu garanto!
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