Sumário
- Introdução — Cultura como estrutura física e cotidiana — Mobilidade, infraestrutura e decisões culturais
- Módulos Culturais Básicos — Religião e crenças: das Olimpíadas ao islamismo — Gastronomia: memória, saúde e revolução agrícola — Arte: fusion japonês, Babymetal e arquitetura teológica — Linguagem: gestualidade, prosódia e identidade — Vestuário: toga, armaduras romanas e batinas cristãs.
- Aplicações Culturais Combinadas — Intersecções entre fé, arte, vestuário e comportamento — Arquitetura como expressão espiritual: Eastern State Penitentiary — Adaptação cultural: Bon Odori, FenaSul e migrações.
- Fecho Reflexivo — Cultura como campo de conflito simbólico — Chamada editorial para o livro Guerra aos Animes.
A cultura não é exatamente uma coisa puramente abstrata como muitos costumam percebê-la, até porque, ‘cultura’ vem do latim cultivare. Cultivar o quê? Desde uma simples cenoura para a mais básica sobrevivência humana, até o plantio de eucaliptos para a extração da celulose — que por sua vez, dá origem aos papéis mais diversos, como os usados na confecção deste livro!
A cultura acaba por ser algo palpável, visível, perceptível¹! Ela guia coisas básicas do nosso dia a dia, como comer usando talheres — da colher ao garfo e à faca. Mas também guia literalmente as pessoas de um canto para o outro, definindo toda uma rede de infraestrutura complexa, cara e trabalhosa, para mover os bens que criamos, e até mesmo, a nós mesmos. ¹Cultura: Um Conceito Antropológico de Roque de Barros Laraia (Zahar, 2001)
A cultura estruturada
Como o preceito de mobilidade que move o Japão até os dias de hoje, quando no final dos anos 50 e início dos anos 60, mais precisamente de 1959 a 1964, o Shinkansen fora criado — a espinha dorsal do transporte terrestre² em massa e em alta velocidade, a primeira linha de trens do tipo no mundo. ²Shinkansen: símbolo da modernidade japonesa (Revista História Viva, 2019)
O que dizer das galeras romanas, movendo cargas em larga escala para seu vasto território³, há dois milênios? Ou mesmo, as intrincadas rodovias americanas, que conectam grandes demografias separadas por milhares de quilômetros, e entre elas, cidades pequenas e quase isoladas, na quarta maior extensão territorial do mundo? Quem dera se a cultura fosse algo etéreo, mas é o resultado de demandas e ofertas, objetivos dos mais variados, e até mesmo geradas por certas decisões turbulentas, como buracos numa rua do Brasil. ³Victor Aguilar-Chang — Almuzara, 2020
Módulos culturais básicos
Eu costumo dividir a cultura em cinco estruturas básicas — o vestuário, a linguagem, a arte, a gastronomia, religião/crenças. E digo básicas ao sentido mais cru da expressão, já que a base é um mero alicerce para uma amalgama de situações muito grande de ações humanas ao longo dos milênios.
Religião e crenças
De trás para frente, a religião/crença gerou surpreendentemente uma série de artigos usados nas sociedades até os dias de hoje, como as olimpíadas! Sim, criadas pelos gregos em 776 a.C em Olímpia para cultuar a Zeus, o maior dos deuses gregos, até que os romanos em 393 a.C proibiram por paganismo contra suas divindades. ⁴História Antiga – Artigo: Os Jogos Olímpicos na Grécia Antiga: Origens e Significado
O sumô é um esporte japonês nascido exatamente no xintoísmo, como um ritual de prosperidade na seara, o pok-ta-pok⁵ — jogo de bola mesoamericano, onde era representado uma batalha dos gêmeos heróis contra os deuses do submundo. E em partidas cerimoniais especiais, os perdedores não pagavam com um cento de salgados, e sim com a própria vida. Logo, alguns esportes nasceram originados em vários cantos do mundo oriundo de entidades e grupos religiosos. ⁵Ensinar História – Artigo: o Pok-ta-Pok, Jogo de bola mesoamericano: o combate mortal
Ainda tem o exemplo do futsal, onde a Associação Cristã de Moços do Uruguai⁶, com problemas de praticarem o futebol de campo, levaram o esporte para as quadras fechadas, e no Brasil, a atividade evoluiu em definitivo em uma das três ramificações do futebol — futebol de campo, futebol de areia e futebol de salão — todas administradas pela FIFA. ⁶História do Futsal (CBFS, 2022)
E não se resume ao desporto, grupos religiosos de todas as nações também criaram sistemas judiciários, leis, ordenanças das mais diversas, que hoje vemos presentes no direito.
Pelo módulo religioso, vemos os costumes de todo um povo, fórmulas de pensamento e comportamentos. Muitos tem um aspecto errôneo sobre entidades religiosas, e isso em qualquer país do mundo. Veja que no islamismo há uma divisão crucial entre os sunitas e xiitas⁷, uma delas, a questão da teocracia como modus operandi. Não se limita a cultos, ou uma mera crença numa divindade, mas ela é crucial para todo um desenvolvimento social local. ⁷A História da Separação entre Sunitas e Xiitas – Charles River Editors
Gastronomia
Pela gastronomia, não sabemos somente dos meandros de uma receita popular, e isto é mostrado de maneira artística e muito pontual no filme da Disney-Pixar, Ratatouille⁸. Quando o critico de gastronomia, Anton Ego, foge de uma análise automática, quando come o prato que dá nome ao filme, e ao fazê-lo, uma experiência arrebatadora o levou a sua infância no interior da França. o que mudou todo o aspecto físico e emocional de Anton. ⁸Ratatouille (2007)- Disney/Pixar
A gastronomia mostra aspectos sociais importantes até para se compreender a saúde de todo um grupo social, além de mostrar aspectos financeiros, desenvolvimento social, criação de infraestruturas inteiras para a existência deste meio.
Por exemplo, o centro-oeste brasileiro, composto por Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, é conhecido pelo cerrado, bioma semiárido com altos níveis de PH do solo. Não era o melhor lugar para o plantio de nada, até que pesquisas feitas pela Embrapa⁹ transformaram a região brasileira em uma das maiores produtoras de soja do mundo, além da produção de outras leguminosas, frutas, grãos e sementes. ⁹Artigo: Cerrados e a travessia da ciência – 50 anos de transformação agrícola – Portal Embrapa
As fazendas marinhas para a criação de peixes, moluscos, e outros frutos do mar, se desenvolveram ao ponto onde a piscicultura é feita em água doce, em áreas de hidrelétricas, lagos artificiais, e outros logradouros hídricos.
Arte
Pela arte analisamos o desenvolvimento intelectual que as demais técnicas de cada área da arte geram, por exemplo; a música, as artes cênicas, as artes gráficas (escultura, pintura). Volto ao Japão, onde vemos o fusion¹⁰, atrelado diretamente ao jazz, pop, rock e eletrônica. Ele tende a unir vários detalhes entre os mais variados gêneros, principalmente adicionando improvisações que geram um produto totalmente diferente. ¹⁰História do Japanese Jazz Fusion– Chosic
Já que o jazz não é de lá, muito menos o rock ou a música eletrônica, você analisa por isso como o japonês desenvolveu gêneros totalmente novos por conta do fusion. Grandes vetores conhecidos por ele são as bandas de jazz fusion, como: Casiopea e T-Square. Além delas, grupos musicais como o Babymetal, que funde metalcore com elementos idols, gerando o kawaii metal¹¹, sendo uma das combinações mais improváveis, e ao mesmo tempo, das mais bem boladas, onde jovens cantoras aparecem com os rocks mais pesados. ¹¹Yokogao Magazine – Japan’s Adorable Take on Heavy Metal
Linguagem
A linguagem é composta por elementos como; idioma, escrita, literatura, gestualidade, semântica, prosódia, fonética, sintaxe e sinais. No português e outras línguas românicas, como o espanhol, italiano, francês e romeno (este último com elementos eslavos), usamos acentuações para mudar o som de cada sílaba e letra. Não queira colocar o acento agudo de ‘cágado’ no ‘a’ errado, ou poderá ter um problema sério por aqui! Mas além destas peculiaridades, conhecemos pela linguagem como os povos se comunicam, agem, o que informam, e como estruturam estas informações.
Você compreende por que os latinos, como os italianos, portugueses, brasileiros, peruanos, argentinos, espanhóis e outros tantos povos, usam tanto as mãos ao falar qualquer coisa. Me arrisco em dizer que o infame dedo do meio possa ter sido um gesto que nasceu onde as palavras já não podiam alcançar, para enfatizar de maneira mais brutal e clara.
Vestuário
O vestuário vai para além do visual, com alguma combinação de cores e formas. Ele carrega símbolos poderosos e carregados de significados. Exemplos disso são as vestes do judiciário, como a toga. Onde ao colocar a toga, não está ali o cidadão que a usa, e sim uma espécie de sacerdócio, como dito pelo ex-ministro Mário Guimarães em seu livro ‘O Juiz e a Função Jurisdicional‘ — “A toga alerta, no juiz, a lembrança de seu sacerdócio. E incute no povo, pela solenidade, respeito maior aos atos judiciários.”
Vai ao ponto mesmo de caracterização e identificação. Os romanos não criaram as armaduras militares, mas foram os primeiros que padronizaram suas linhas de combate¹², com cores, brasões e emblemas. O que em batalhas facilitava a identificação, já que naqueles dias, derrubar um soldado amigo era bastante normal e corriqueiro, fora que a padronização deu um aspecto de autoridade visível a léguas para qualquer um. ¹²Os Invencíveis Soldados Romanos: Uma Análise Profunda das Suas Armaduras– Argonautha
Não é algo somente superficial que vermos ou percebemos ao relance, todos estes módulos culturais tem em comum uma coisa em específica, a construção e desenvolvimento de sociedades inteiras, e de seus aspectos que as transformam em entidades únicas.
Aplicação conjunta e derivativos culturais
Vamos ao exemplo da religião, usando de exemplo o cristianismo, e conectando aos outros aspectos culturais, mostrando como elas juntas criaram outros aspectos culturais. A fé cristã tem artigos do vestuário bastante claros e conhecidos, os padres usam batina na cor preta, simbolizando a morte para o mundo, junto do simbolismo dos 33 botões¹³, um para cada ano da vida de Jesus. ¹³Revista Oeste – O significado da batina usada pelos padres católicos
No batismo, aqui visto na vertente protestante¹⁴, as vestes brancas revelam a transfiguração do velho homem em um novo ser. Diferente de outras religiões, onde vestuários especiais foram criados para o uso de todos, mesmo fora das atividades religiosas, toda uma doutrina foi criada para não escandalizar ao olhar. Isso frequentemente é utilizado na mídia — de maneira desrespeitosa na vasta maioria das vezes, ao colocar de forma estereotipada o uso de roupas em homens e mulheres. ¹⁴Religião.app – O batismo na tradição protestante
Aliás, não escandalizar é algo próprio da doutrina cristã. Em 1º Coríntios 8:13 é dito: “Por isso, se a comida escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize”. Em Romanos 14:21 é colocado; “Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça”. Ou seja, aqui vemos uma doutrina estabelecida, gerando costumes específicos, o que por sua vez explicam aspectos antropológicos inteiros deste grupo.
Já vimos aqui um aspecto cultural, a antropologia, o aspecto comportamental e de costumes de um grupo social. E se tocarmos no aspecto da arte, veremos um outro aspecto que marca visualmente, a arquitetura. Ainda na bíblia, já no velho testamento, vemos que Deus fala à Moisés sobre todos os detalhes da Arca da Aliança em Êxodo 25:10-22, feita com madeira de acácia com 110 cm de comprimento, revestida de ouro por dentro e por fora, e outros detalhes mais sobre seu design.
Salomão constrói um novo templo em seu reinado, seguindo a mesma linha de raciocínio, para o armazenamento do artefato. Pulamos alguns milhares de anos no tempo, e vemos a capela cistina ornamentada de pinturas e detalhes arquitetônicos com significados poderosos. E ainda mais à frente no tempo, pela influência cristã — e de maneira bem inusitada, já que não é um lugar que se pensaria em detalhar sua arquitetura, uma prisão!
A Eastern State Penitentiary, uma penitenciária histórica no estado americano da Pensilvânia que ficou conhecida no século XX pela prisão do famoso mafioso Al Capone, foi inaugurada em 1829 pelo arquiteto John Haviland¹⁵, que desenhou arcos com janelas no topo, de forma tal que a luz que iluminava as portas das celas, aspirassem aos presos uma visão divina para a redenção. ¹⁵Historic Strutures – Architect John Haviland Eastern State Penitentiary
A ligação entre a arte e arquitetura é bem revelada no texto ‘A conexão entre arte e arquitetura‘, de Reco Marder. Ele diz o seguinte: “A história revela que a relação entre arte e arquitetura sempre foi íntima. Tomemos como exemplo minha obra Notre Dame. A catedral, uma obra-prima gótica do século XIV, com seus arcos ogivais, rosácea central e simetria rigorosa, carrega elementos que são estruturais — mas também simbólicos, quando adquirem novos aspectos.”
Cores, ornamentos, geometrias carregadas de símbolos, a arquitetura cristã das belas catedrais vistas em vários cantos do mundo, mostra que este aspecto cultural pode ser gerado diretamente por eles. Quando você analisa mais piamente o turismo religioso, também é outro artigo derivativo da área. E se for na área de escrita, para além das escritas sagradas, há uma série de estudos teológicos feitos. Tal qual um livro de receitas geradas na culinária, ou, um ensaio como este que faço.
O mesmo exercício pode ser feito pelos outros aspectos da cultura que citei anteriormente. Dai você entende o porque um chefe de cozinha usa um avental branco, o motivo de se usar um uniforme camuflado de acordo com o ambiente pelas forças armadas.
Meandros que por muitas vezes, mesmo na literatura, mal são analisadas corretamente, mas que acabam por guiar a humanidade dos afazeres mais básicos, como lavar as mãos com sabão, até as decisões mais complexas, como minerar materiais para o desenvolvimento de produtos específicos, para um impacto geoeconômico generalizado.
Então, a primeira coisa que precisamos compreender melhor é a influência que estes aspectos tem em cada localidade do mundo, e em nossas vidas como um todo. E depois de tanto ponderar sobre cada um destes aspectos que citei, que vão da crença e valores por ela gerados, até a alimentação e aspectos econômicos, você poderá de fato decidir qual cultura será a melhor ou pior!
Estas áreas geram dinâmicas, produtos, serviços, moldam comportamentos e aspectos sociais bem mais complexos de tudo que nos rodeia. E por conta disso, desde bem pequenos, vamos tendo contatos dos mais variados, e que vão com isto nos moldando aos tantos.
Consciência cultural primária
Se aprofundarmos ainda mais no tema da cultura, já que vimos os valores que carregam, seu simbolismo e impacto variado, começaremos a perceber de alguns detalhes das dinâmicas para a existência, convivência e aplicação desta cultura. É o conto de tirar um animal de seu habitat natural e colocá-lo em outro canto, e nem digo o impacto que ele terá na fauna local, bem como na cadeia alimentar, como os javalis que trouxeram para o Brasil, e hoje, são considerados pragas.
Digo o mais básico dos motivos, a mera subsistência. Imagine comprar um Bugatti Chiron. W16 8.0, quatro turbos, 10 radiadores, um conjunto de pneus especiais para levar o carro em segurança para mais de 400 Km/h, uma maravilha do mundo automotivo e da engenharia moderna. Só que tem um problema, você importou o carro para um canto onde não há especialistas em trabalhar no veículo, que aliás, seu motor central-traseiro só pode ser acessado por mecânicos qualificados. O que fazer numa hora dessas?
Apesar de quem compra um carro destes, provavelmente tem banca para ainda mais. Mas façamos este exercício de imaginação por um momento. O que ocorreria numa situação dessas? Seria economicamente viável? Daria certo? Foi a situação que encontrei quando tive um belo contato com a cultura japonesa em 2023, quando pela Anime United, cobri o Bon Odori naquele ano em Goiânia, no Kaikan.
Aliás, a experiência jornalística será algo abordada mais à frente, bem mais à frente. No evento, além da maior surpresa que já tive em minha vida profissional, quando o embaixador oficial do Japão no Brasil, Hayashi Teiji, simplesmente estava dançando durante uma sessão musical do evento junto do povo. Eu tinha estranhado na chegada do evento a quantidade de carros pretos com sirenes no teto, e imaginava que alguém muito importante estaria chegando no evento. e eis que lá estava o homem, representando suas tradições de uma forma muito natural.
E com sua presença, representantes diversos da embaixada japonesa estavam no evento, e pude encontrar e entrevistar a senhora Laura Murakami¹⁶ para o site Anime United, assessora de cultura do órgão de estado no estande oficial do evento. Ela mostrou detalhes curiosos da continuidade e integração de migrantes japoneses e seus descendentes aqui no Brasil, e com uma das coisas que me fez pensar sobre a subsistência desta cultura, tão longe de sua origem. ¹⁶Cobertura do Bon Odori 2023 – Embaixada do Japão no Brasil
Laura me contou que receitas de pratos típicos de lá, como o sushi e sashimi, tiveram de ser alterados, já que os mesmos produtos destas iguarias não existem por aqui, ou são caros o bastante para se tornarem inviáveis. O sashimi no Japão é feito com filé de salmão, um peixe de água salgada proibitivamente caro por aqui. Já no Brasil, adaptaram com carnes de peixes locais e com preparos específicos para tornar possível a disseminação do prato para os brasileiros, mas também para os japoneses que se acostumaram a comer este tipo de alimento, tal qual o brasileiro com arroz e feijão.
Isso me deixou meditando no evento, pois tudo estava organizado de uma forma que realmente me convenceu de estar em solo japonês. O Bon Odori é um evento com características religiosas, mas encontrou no estrangeiro um caráter diplomático para o contato com outras culturas, além claro, de ser a forma do japonês ser quem ele é, mesmo longe de casa. Não preciso ir tão longe no mundo, pois anualmente ocorre em Goiás a FENASUL ¹⁷— a feira dos gaúchos que se estabeleceram longe do sul brasileiro! ¹⁷Feira Nacional do Sul
Sair de sua terra natal é um evento que acompanha a humanidade desde sempre, basta ver que os indígenas americanos são povos oriundos de migrações asiáticas muito antigas na humanidade. E é uma ocasião custosa e trabalhosa, já que vindo de outros cantos onde a cultura funcionava de uma forma, conflitos acabaram por ser inevitáveis pelas diferenças. E quando eu digo conflitos, é no sentido mais cru, com guerras das mais variadas.
Passado as guerras e conflitos, festivais culturais como o Bon Odori foram feitos em todos os cantos do mundo, e por meio deles, começamos a ter melhores relacionamentos com os mais variados grupos estrangeiros, conhecer de fato suas culturas sem algum tipo de filtro midiático. E é interessante ter este contato com o estrangeiro, ver novas ideias e ideais, colocar a prova certos pontos para a evolução e desenvolvimento local, ainda mais num mundo que está conectado com viagens de algumas horas entre continentes, e acesso instantâneo pela internet.
Porém, como vocês lerão neste livro, esta ampla disponibilidade de ideias e ideais, o know-how, valores intrínsecos, não somente desagradam a muitos, como também se desenvolvem num conflito — e nos dias de hoje, eles não precisam de equipamentos militares para atacar.
Neste livro você navegará pelas trincheiras tortuosas desta guerra cultural!
O livro está em produção, e não tem mais volta!
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