É inegável que One Piece, além de ser um anime de grande renome, também transmite inúmeras lições de moral acerca da vida. E essa, em específico, diz respeito ao significado da morte. Talvez muitos considerem essa ideia somente quando partem desta terra.
Entretanto, no arco em que somos apresentados pela primeira vez ao Tony Tony Chopper, também conhecemos um médico meio louco das ideias chamado de Hiluluk. E é sobre este cara que vamos tomar como base para tecer este texto.
Tony Chopper e Hiluluk
Hiluluk aparece como um médico meia-tigela, menosprezado por muitos que residiam por ali. Mas ele também era visionário, cheio de ideias inovadoras e com uma sede insaciável de fazer com que as folhas de cerejeira do lugar onde ele vivia desabrochassem.
Em paralelo, surge, então, Tony Chopper, a rena peculiar. Ele também era muito discriminado por ser diferente da sua maioria. O que Chopper e Hiluluk tinham em comum? Ambos eram sozinhos em um vasto mundo corrompido e maldoso. Em um determinado dia, após levar uma surra sem justificativa lógica, Chopper se viu numa situação de abandono.
Foi quando Hiluluk o viu e o ajudou, levando-o para casa e curando seus ferimentos. Naquele momento, Chopper havia encontrado um lugar que podia chamar de lar. Hiluluk havia encontrado um aprendiz de medicina. E tudo o que Chopper sabe sobre medicina é graças ao médico meia-tigela.
Intensificação de laços e a dor da perda
Claro que, após algum tempo, Chopper e Hiluluk passaram a não mais ser somente mestre e aprendiz, mas também grandes amigos. Juntos, eles viviam os dilemas e as não aceitações da vida. Uma coisa que antes era totalmente triste e vazia, agora, vivendo juntos, não parecia ser tão ruim assim.
Quando se encontra alguém que está disposto a viver o melhor e o pior da vida ao seu lado, é notável que nem tudo é penumbra, como é de praxe considerar quando se vive uma vida solitária. Acompanhar a jornada desses dois reflete essa perspectiva. Uma ideia de que até das piores coisas se pode tirar boas risadas e história para contar.
Obviamente os laços desses dois foram ficando cada vez mais resistentes. Chopper tomou Hiluluk como um pai, porque, quando ele estava desamparado, Hiluluk foi o único que olhou e reconheceu ele. E, claro, Hiluluk por ter ganhado um fiel companheiro. Mas nem tudo são flores.
A grande mensagem deixada por Hiluluk
O final desse arco é repleto de flashbacks e sentimentos melancólicos, porque Hiluluk acaba morrendo. Chopper sente uma grande dificuldade de se relacionar e confiar em outras pessoas após este incidente. Ele se sente sozinho mais uma vez no mundo.
No entanto, o médico meia-tigela deixa uma grande mensagem, não só para Chopper, mas para todos nós que acompanhamos aquela história admirável e emocionante de verdadeira amizade. A mensagem de Hiluluk é tão famosa que, se pesquisar as primeiras palavras no Google, ela aparece, estampada com o rosto do personagem.
Quando vocês acham que as pessoas morrem? Quando elas levam um tiro de pistola bem no coração? Não. Quando são vencidas por uma doença incurável? Não! Quando bebem uma sopa de cogumelo venenoso? Não! Elas morrem… quando são esquecidas.
Não se apegue à morte simplesmente como o fim da vida, mas sim como deixar de lembrar de uma pessoa que foi importante para você. Talvez seja uma visão clichê ou besta, mas enquanto essa pessoa estiver sempre sendo rememorada em sua mente, ela nunca irá morrer. Ela será eterna.
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