Vamos Falar de: Exorcist wo Otosenai Depois de muito tempo e muitos capitulos, vamos falar do capeta.

Finalmente chegou a coragem de escrever esse artigo, pois logo após que escrevi meu artigo de Seihantai queria falar de Exorcist wo Otosenai (Make the Exorcist Fall in Love), mas o tempo urgiu e a preguiça pegou, fora outras coisas que teve durante todo o ano passado e esse que impediram de falar sobre essa obra que seria um filho acéfalo de Dandadan?

 Antes de tudo tenho de falar sobre a obra para vos introduzir e posso resumir como: imagine Jesus voltou, porém ele não veio para buscar a igreja, mas sim meter o pau no Satan, não aquele do Dragon Ball, todavia o pai da mentira sabe do perigo iminente e manda alguém para cuidar disso, tirando isso nosso padre, que não irei falar o nome dele por ainda ser Spoiler, mas a missão principal dele não já que ele ainda é um padre, e que a igreja lhe que passou uma missão? Proteger Imuri Atsuki, uma pintora talentosa que recebeu ameaça de morte do próprio inferno, então resta a ele protegê-la contra esse infortúnio.

A série brinca com a escatologia cristã, inclusive usando citações de algumas passagens da bíblia que conversam bastante com os capítulos onde esses versículos aparecem, de uma maneira que é entendível o porque ele não tenha uma adaptação para anime durante o tempo da confecção deste artigo, já que a obra iria ouvir chiados de muita gente.

A arte de Fukayama Masuku é bastante suja que remete bastante o Vofan, inclusive eu estou usando algumas artes dele direto do Pixiv do mesmo para ilustrar esse artigo, porém no passar dos anos, ele evoluiu para um traço mais límpido nos personagens, porém seus cenários são bastante ricos e plácidos que remete bastante a quadros angelicais, sem falar na exemplificação dos poderes que brinca bastante com a geometria idealizada por ele.

Os personagens, são complexos, não diria que a escrita de Arima Aruma faz personagens originais, que possam cravar seus ideias na mentes dos otakus de plantão (ex:Zero Two), porém ele consegue subverter os tropes usados, aí usando os versículos da bíblia citados antes, a narrativa remete bastante a ideia que Dandadan tem, pois ainda é uma comédia romântica, mesmo sendo uma história de humanos e demônios brigando pela criação, ainda há um romance no meio dessa “bagunça”, todavia Exorcist wo Otosenai, nos capítulos atuais, me lembra DxD, não por ter ecchi, mas como a agência do protagonista é salvar sua amada, entretanto eu entraria no campo de Spoilers, mas eu posso falar que Exorcist wo Otosenai é a primeira obra da Jump que vemos o amor chegando a vias de fato.

Com o aviso de spoilers dado, já começo falando que  a obra irá agradar muitos públicos, porém a Record (emissora de televisão) irá problematizar a mesma, pois mesmo que Exorcist wo Otosenai bata na igreja católica, vide o passado triste do padre, há crítica sobre a hierarquia de poder e a própria escatologia da religião na obra, um exemplo é que no decorrer da sua narrativa vemos bastante o lado dos demônios, que também são bem construídos, fugindo do típico maniqueísmo de bem e mal, todavia não significa que todos os demônios são bonzinhos com os humanos, mas existem personagens que possuem agências para cuidar dos mesmos, talvez por relações passadas, atuais ou até mesmo uma ideia errada sobre a criação.

Posso dividir a obra em 3 arcos, não tão definidos, mas que são referenciais para a historia: O ponto de partida que vai desde o capítulo um e termina na luta do Beelzebub, o pecado capital da Gula, sim existe uma pequena distinção entre os demônios de baixo escalão para os anjos caídos, esses quais influenciam no mundo através dos pecados capitais, todavia Beelzebub não é o primeiro pecado capital que o padre enfrenta, mas coloco ele sendo o mais simbólico pela adição da Leah e da Barbara, que são freiras que possuem um nível de poder equivalentes ao padre, porém possuem um passado com esse demônio, aqui vemos a expansão do nosso conhecimento da luta da igreja contra os demônios e a capacidade da mesma em acolher as almas dos aflitos.

O segundo arco começa com o retorno da Asmodeus, que aqui é o pecado capital da Luxúria na história e dar para levar até o inferno, pois o arco dela é a que deixa claro a influência de Dandadan na obra, pois temos o florescimento do arco romântico da obra, seja para nosso protagonista, seja para seu mestre e todo seu conflito procedural com o Sabbath, a organização das bruxas da obra, esse conflito acaba no inferno e já liga com o arco atual, com nosso padre conseguindo o que queria e a busca do Sabbath se revelando, sei que aqui fui bem confuso, porém a aparição da Baba Yaga é tão impactante que seria horrível estragar a surpresa de vocês.

Exorcist wo Otosenai parece bastante promissor sendo uma obra do Manga Plus, o que permite acompanhar os capítulos semanais sem necessidade de buscar scans, claro que isso não impede você acompanhar na de sua preferência, principalmente porque a série ainda não possui uma tradução oficial em português. S narrativa é curiosa e os painéis são um deleite para os olhos, talvez essa obra nem ganhe um anime, mas pelo menos você irá se divertir com essa narrativa que mistura o sacro com o mundano nessa história de amor que você não irá encontrar na igreja.