Megalo Box: o herdeiro dos clássicos? Obra vai muito além de uma homenagem a Ashita no Joe.

Vitor Nascimento
(Podcaster)
@ifusic

 

©TMS Entertainment/Chikara Sakuma

E ai pessoas, como vão? Gabriel aqui e hoje iremos falar sobre Megalo Box! Escrito por Chikara Sakuma e produzido pelo estúdio TMS Entertainment, o anime conteve 13 episódios. Em fevereiro de 2018, um mangá começou a ser publicado na Shōnen Magazine Edge, pouco antes do lançamento em anime.

©Tokyo Movie Shinsha/Ikki Kajiwara

Ashita no Joe

Antes de tudo, você deve entender que Megalo Box foi criado em comemoração ao 50º aniversário do mangá Ashita no Joe. A história do mesmo começa com Danpei Tange, um boxeador que larga as lutas por perder a visão de um de seus olhos, como consequência, ele passa a viver com mendigos e bebidas diariamente. Certo dia, Tange se depara com algo incomum, um jovem rapaz; violento, sacana, que vive constantemente em brigas chamado Joe Yabuki.

Apesar de seus vários defeitos, Tange viu nesse rapaz um grande potencial para o boxe e decidiu tentar treiná-lo para o mesmo se tornar um boxeador profissional. Joe recusa seu treinamento, porém, tudo muda quando entram em sua vida Yoko Shiraki e o lutador Rikiishi Tohru; que se torna o principal rival até o finalizar da obra.

Escrito por Ikki Kajiwara e ilustrado por Tetsuya Chiba, Ashita no Joe foi publicado na Weekly Shōnen Magazine durante 1968 e 1973, contendo 20 volumes. Duas temporadas em anime foram produzidas, a primeira pelo estúdio Mushi Production, contendo 79 episódios e a segunda pelo estúdio Tokyo Movie Shinsha, contendo 47 episódios. Dois filmes animados foram produzidos pelo estúdio Tokyo Movie Shinsha, intitulados: Ashita no Joe e Ashita no Joe 2. Em 2011, um filme live action foi lançado.

©TMS Entertainment/Chikara Sakuma

Sinopse

Em um futuro não muito distante, o boxe tornou-se um esporte aprimorado por “Gear”; exoesqueletos de máquinas usados ​​sobre os ombros e braços para permitir que boxeadores soquem com mais força do que antes. Conhecido como “Megalobox”, o esporte é popular tanto como um evento esportivo regular, quanto como um evento durante o qual apostas underground são feitas.

Junk Dog, um jovem megaloboxer, está lutando tanto para ganhar fama nas lutas clandestinas quanto para saber se está realmente feliz com sua situação atual. Quando ele ouve que o sofisticado Grupo Shirato está patrocinando um torneio mundial; ele é em grande parte ambivalente, vendo-o como não vale a pena e além do seu alcance. Mas ele está ficando cansado das lutas manipuladas que ele é forçado a participar. Então, ele encontra Yuri, o campeão do esporte, e pode mudar de ideia.

©TMS Entertainment/Chikara Sakuma

Além das referências

Chegou como desconhecido e saiu amado por muitas pessoas. Passando a ser considerado por uns e outros o melhor anime do anime do ano até então. Se você assisti, claramente conseguiu pegar as referências, mesmo se tiver apenas lido o breve resumo acima. Porém, ele não se priva de apenas homenagear a risca; longe disso.

Em um mundo totalmente dividido entre modernidade e pobreza; Joe não passa de um homem sem um propósito, apenas luta por lutar. Isso muda até que o então conhecido como Junk Dog conhece seu principal rival durante a série, Yuri, o homem que dá um propósito para Joe, que faz com que o mesmo percorra desafios atrás de desafios, apenas para ter a chance de enfrentá-lo.

A animação, meio anos 2000, a caracterização de cenários, vestimentas, a sonoplastia; tudo isso consegue passar ao espectador o quão sujo e caótico o mundo de Joe é. As lutas não são algo que encher os olhos de lágrimas, pelo contrário, são basicamente lutas mais realistas, sem uma coreografia muito produzida, o que não as torna ruim, pelo contrário, suas consequências antes e depois das mesmas são o que importa, pois é a partir disso que se consegue ver o crescimento do personagem, o fortalecimento da sua motivação, de seu objetivo, o qual tem seu devido reconhecimento ao final da obra.

©TMS Entertainment/Chikara Sakuma

Considerações finais

Megalo Box consegue, com muita simplicidade, passar a mensagem por trás do enredo; que não se priva apenas a uma homenagem, vai muito além disso. O conjunto da obra, sendo a animação, as músicas, a motivação dos personagens, o crescimento dos mesmo, tudo contribui para a obra talvez ter direito de ser chamado de clássico.


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