Review: Goodbye Eri O novo mangá one-shot de Tatsuki Fujimoto

Filipe Sales
Goodbye Eri
©Tatsuki Fujimoto / Goodbye Eri

Tatsuki Fujimoto já é bem conhecido por suas obras, como Fire Punch (que foi publicada aqui no Brasil pela Editora JBC) e o mais recente e popular Chainsaw Man (publicado no Brasil pela Panini Comics / Planet Manga) que terá um anime ainda este ano (com direito a dublagem em várias línguas incluindo o nosso querido PT-BR).

Toda essa fama fez com que o novo trabalho de Fujimoto tivesse bastante alcance, no mesmo dia em que foi publicado no site da Shōnen Jump+, o one-shot já contava com mais de 2.2 milhões de visualizações, sem contar diversas análises positivas dos leitores.

 Sobre a História

O jovem Yuta Ito recebe de aniversário um celular smartphone, para gravar os momentos finais de sua mãe (a pedido da própria), após ela falecer, Yuta usa essas gravações para fazer um filme-documentário, que é apresentado no festival de seu colégio. Depois disso, todos os estudantes ficaram fazendo piadas e rindo, mesmo sendo um drama. Isso fez com que ele tenha a ideia de cometer suicídio, assim chegando no topo do hospital onde sua mãe faleceu. Pronto pra pular para a sua morte, ele é interrompido por Eri, uma garota que diz ter amado o filme dele e o convence a fazer mais um, dessa vez ainda melhor para fazer com que todos chorem rios, como forma de vingança.

Review – Com Spoilers

Goodbye Eri
©Tatsuki Fujimoto / Goodbye Eri

O mangá vai seguindo seu rumo, contando sobre a jornada de Yuto e Eri rumo ao filme perfeito para sua vingança. Tudo segue conforme o planejado, uma história normal até que chegamos no final dela onde as coisas começam a ficar um pouco confusas. Eri aparece novamente alguns bons anos após sua suposta morte, ela está jovem e normal, exatamente no mesmo lugar onde ela e Yuta assistiam os filmes, ela se apresenta com uma vampira, isso faz com que o leitor fique num grande estado de confusão (igual o personagem) preso num dilema de “será que é verdade ou não?”.

E é aí que entra a grande mágica do Fujimoto nesta obra, quando se pensa que é apenas um mangá de drama ele se volta mostrando um toque de fantasia no meio. Chegando perto do final da história, só se pensa nas teorias do que é real e do que é alucinação.

A direção artística do mangá é maravilhosa, mas esse em específico tem vários painéis estáticos, mais do que o necessário eu diria, o que faz com que das quase 200 páginas você tenha que ler apenas metade delas, fazendo com que a leitura seja mais dinâmica. Mesmo tendo vários quadros repetidos, eles são justificáveis, pois essa pausa estática cria um clima de tensão, uma bela sacada do autor.

Memento Mori – As Lições por Trás de Goodbye Eri

Goodbye Eri
©Tatsuki Fujimoto / Goodbye Eri

“Lembre-se de que você é mortal” esse seria o significado da expressão Memento Mori, usada por Yuta pouco antes de sua tentativa de suicídio, sabemos que após ele pensar melhor e desistir da ideia ele prova ser contra esse tipo de comportamento, mas mesmo após isso, a história nos mostra mais e mais faces sobre a vida e morte, que de certa forma é o tema desse mangá. A história inteira gira entorno da missão de Yuta em gravar os últimos momentos de sua mãe, mas no fim das contas ele não aguenta ver tal cena, justamente por isso ele foi forte o suficiente para não cometer o mesmo erro com a Eri.

Aproveitar o presente e não se arrepender quando seus entes queridos partirem, pois todos irão um dia, Memento Mori. Essa é a mensagem que a obra passa em vários momentos.

Considerações Finais

Goodbye Eri (Sayonara Eri) tem uma história interessante que me manteve preso o tempo todo na trama, achei bem legal a maneira que o autor desenhou um quadro borrado para demonstrar o protagonista gravando algo com o celular, parecendo um verdadeiro documentário alternando entre a vida através dos olhos e através de uma câmera. O elemento surpresa mais pro final foi muito bem colocado, adicionando fantasia no meio de algo realista foi genial.

É um ótimo one-shot, uma história que talvez faça você derramar uma lágrima ou duas. Recomendo caso tenha algum tempo livre pois essa obra merece pelo menos um pouco da sua atenção.

E você,  já havia lido ou tem interesse em ler esse mangá? Conta pra gente nos comentários!


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