Ludis de Alieno Corio… Existe realmente o mal no mundo?

Fabio Andrade
(Redator do Blog e Podcaster)
Death Note
© Madhouse/Tsugumi Ohba

Talvez você se pergunte sobre o tema deste post, que língua é essa? O que ele está querendo dizer? Vamos ao ponto, essa frase significa literalmente “brincando com a vida de outro”, sobre o que vamos falar hoje? Death Note foi um anime criado por Tsugumi Ohba que retrata a história de Light Yagami, um estudante do ensino médio – possivelmente o melhor estudante do Japão, que é tão superior em notas e intelecto que se sente entediado com a vida, nada de novo debaixo do sol, como diria o sábio Salomão.

Paralelamente a realidade de Light temos um um Shinigami chamado Ryuk que também se sente entediado e decide se divertir jogando o seu Death Note no mundo dos humanos, esse caderno concede ao portador o poder de matar qualquer um que tenha o nome escrito no caderno e enquanto o portador visualizar mentalmente o rosto de alguém que quer assassinar, por coincidência o caderno cai perto de nosso estudante Light Yagami.

A loucura começa quando Light decide eliminar o mal, trazer a “paz” na terra e se tornar o “deus” do novo mundo, isso em si são coisas muito perigosas de se pensar. Light não acreditava mais na justiça e o fato de ele possuir o Death Note simbolizava – para ele, a obrigação de mudar o curso da humanidade. A partir desta premissa ele adota o nome de “Kira” e começa a fazer o seu trabalho de “deus”.

Ao grande estilo de Maquiavel, Light entende que “os fins justificam os meios”, e todas as suas ações, mesmo sendo perversas, são “justificadas” em prol de um “bem maior” que é purificar o mundo do mal. Light não possui compaixão e nem sentimentos por ninguém, ele é um sociopata “de carteirinha” e começa agindo como juiz e executor. Só que as atitudes de Light são muito fáceis, ele brinca com a vida dos outros de forma covarde pois ele não se expõe em nada, não mostra seu rosto.

Death Note
© Madhouse/Tsugumi Ohba

O grande problema com toda esta história é que existem muitos psicopatas/sociopatas dentro de nosso ambiente comum, pode até não parecer, mas muitas vezes estamos rodeados de pessoas como Light, Maquiavel também dizia: “Dê poder ao homem e descobrirá quem ele realmente é”. Existem pessoas que se fazem de “boazinhas” até que tenham poder em mãos, seja na empresa, universidade, escola, etc. Devemos ter muito cuidado com pessoas ruins.

A doutora Ana Beatriz Barbosa em seu maravilhoso livro “Mentes Perigosas” fala que existem aproximadamente 4% de psicopatas no mundo, isso deveria até ser mais reconfortante, pois 96% das pessoas no mundo são – teoricamente, sadias. Mas o mundo é um lugar sombrio, você não acha? O grande problema abordado pela doutora Ana é que as pessoas boas não se unem enquanto as pessoas ruins juntam forças.

Qual é a grande lição que podemos absorver de tudo isto, ainda que tenhamos poder em mãos, não devemos usar isso para abusar das outras pessoas, Paulo Freire em seu livro “A Pedagogia do Oprimido” afirma que toda pessoa opressora é assim por ter sido oprimida, devemos romper o ciclo do ódio, devemos ser gentis com as pessoas pois “gentileza gera gentileza”, e ainda que a pessoa pegue “o bem com mal”, o problema esta na pessoa e não em nós.

Existe um ditado antigo que diz: “Ipsi Testudines edite, qui cepistis”, ou seja, “Quem pescou as tartarugas, que as coma primeiro”, este ditado tem ligação com a história de um grupo de pescadores havia apanhado na água um grande número de tartarugas, depois de cozinha-las, constataram que elas não estavam aptas para consumo e para se livrarem das tartarugas, os pescadores convidaram o deus Mercúrio para comer. O deus Mercúrio percebeu a situação e forçou os pescadores a comerem as tartarugas, temos como a moral da história o fato de que “precisamos sempre comer o que damos de comer aos outros!”

Que eu não faça a outros o que não gostaria que fizessem para mim!

E ai… O que achou do post?


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