Real e a Educação Inclusiva com um Basquete em Cadeira de Rodas Do mesmo autor de Slam Dunk, Real aborda uma temática mais séria e necessária

Welerson Silva
(Redator do Blog)
@welcr_silva
Real
© Real

Recentemente eu ganhei o primeiro volume do mangá Real, escrito e ilustrado por Takehiko Inoue, o mesmo autor de Slam Dunk e Vagabond. Inclusive, recomendo fortemente essas duas outras obras do mangaká. Ambas precedem a genialidade de Inoue. Ademais, sempre tive interesse em ler Real. Então, quando recebi a primeira edição, foi uma boa oportunidade para começar a leitura. E assim como os demais títulos do autor, Real não decepciona.

Aqui, assim como em Slam Dunk, seguimos uma narrativa focada no basquete. Entretanto, não o basquete que estamos acostumados a acompanhar, mas um basquete em cadeira de rodas. Essa característica é o ponto forte da obra, uma vez que irá trabalhar bastante em cima desta temática, abordando conflitos, dilemas e superações. Fora a questão de também desenvolver a educação inclusiva.

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Conhecendo a trama do mangá

A história nos leva a conhecer um jovem chamado Nomiya, que está enfrentando alguns conflitos pessoais por conta de um acidente em que ele esteve envolvido que acabou afetando outra pessoa e deixando sérias sequelas. Ele é aquele arquétipo de protagonista delinquente que decide largar a escola e seguir outros caminhos.

Com a desistência acadêmica, Nomiya acaba abdicando também do basquete, algo que para ele é mais do que especial. E mesmo em meio a tantos problemas, há apenas uma certeza: ele quer continuar praticando este esporte tão incrível que é o basquete.

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Por fim, ele acaba tendo um encontro inesperado e jogando uma partida contra um garoto chamado Kiyoharu. Ele é cadeirante e também jogava basquete na sua escola. Porém, assim como Nomiya, mas por motivos diferentes, largou o esporte. Contudo, o desejo de se manter jogando do lado de fora também era tão forte quanto o de Nomiya.

A partir deste ponto, ambos começam a andar juntos e disputar alguns rachões (partidas) nas ruas apostando dinheiro. É uma sequência de eventos bastante interessantes. Surge, então, uma espécie de amizade ou apenas o destino unindo pessoas com diferentes vidas, mas com propósitos semelhantes.

As críticas no primeiro volume de Real

Para ser sincero, o primeiro volume de Real não aborda muito a questão crítica acerca da deficiência do personagem do Kiyoharu. É mais como se ele fosse apenas mais um, onde não há discriminação e as pessoas o enxerguem de igual para igual. Não sei se o mundo real é tão receptivo assim. Porém, com certeza esse tópico é algo que será muito discorrido e melhor trabalhado futuramente, conforme a história avança.

Aliás, outro ponto que acredito que será uma tônica, é a determinação, a resiliência e a força de vontade necessária para superar os obstáculos da vida. Por se tratar de um mangá de esporte, esses fatores são imprescindíveis para um bom desenvolvimento narrativo.

Ao contrário de Slam Dunk, que é um shounen, Real, por mais que possa parecer, a priori, na verdade é um seinen, para a surpresa de muitos ou apenas de alguns. Isso pressupõe que os acontecimentos de Real podem ser mais intensos e dramáticos do que os apresentados em Slam Dunk. Dessa forma, para quem curte uma história de esporte mais adulta, Real é uma boa recomendação.

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