Uma mansão misteriosa. Seres que parecem humanos, mas são chamados de “Sombras“. E seres humanos que são induzidos a acreditar que não passam de “bonecos vivos”. Assim se constrói a narrativa de Shadows House, um anime de suspense e mistério.
Ouço falar desse anime há muito tempo, principalmente pelos meus amigos. Finalmente, resolvi dar uma chance a ele, e me surpreendi bastante. A obra prende o espectador desde o primeiro episódio. No início, o que mais chama a atenção são as relações entre os personagens.
Aliás, esse é um dos principais pontos da narrativa. Os laços entre os personagens impulsionam o enredo e fazem a história avançar. Além disso, ela apresenta uma camada muito importante: a crítica que se esconde por trás de personagens aparentemente fofos e infantis.
A rotina na Mansão Shadow
Os primeiros episódios funcionam para estabelecer o universo e as interações entre os personagens. A partir disso, somos apresentados a Kate e Emilico, que são o epicentro da história. O enredo de Shadows House deixa uma sensação incômoda de que há algo a mais e nos leva ao velho e bom questionamento.
Em resumo, Kate é uma sombra, retratada na história como uma espécie de aristocrata. Não só ela, mas todos dessa categoria. Em contrapartida, os “bonecos vivos” são seres humanos selecionados, levados até a Mansão Shadow e tratados como empregados e mera extensão dessas sombras.
Entretanto, a cada novo episódio, as incógnitas aumentam, revelando uma grande narrativa em potencial. Mas, já adiantando aqui, a primeira temporada não se incumbe de responder todos esses questionamentos em totalidade, mas abre caminho.
A relação entre Emilico e Kate
Um dos pontos mais interessantes da história é a relação entre as protagonistas. Essa relação causa mudanças importantes em toda a narrativa. A dinâmica entre elas mistura cumplicidade, dúvidas e, em alguns momentos, resistência. Isso nos faz pensar que existe uma força maior por trás, controlando os limites.
Com o tempo, Emilico se mostra uma “boneca viva” diferente das outras. Ela começa a ser displicente em relação às ordens, quebrar regras e formar sua própria personalidade. Esse é outro ponto importante em Shadows House.
Na mansão, os responsáveis retiram a identidade das crianças assim que as escolhem e as fazem entrar no local. A partir desse momento, elas vivem apenas para servir às sombras. Ninguém permite que façam perguntas. E, se desobedecem, os superiores as punem. Por isso, quando Emilico começa a agir por conta própria, isso representa um sopro de liberdade. Não só para ela, mas também para as outras crianças, que aos poucos percebem essa verdade.
O despertar da individualidade em Shadows House
Até o final da primeira temporada do anime, a função entre os personagens vai muito além de servir e obedecer. A partir das pequenas ações, conversas e descobertas, eles começam a questionar as regras da mansão e a entender melhor quem são. E não somente como bonecos e sombras, mas como indivíduos com vontades próprias.
Esse processo de “despertar” é sútil, mas muito importante para o crescimento dos personagens. Também ajuda o público a se conectar com a história. No começo, tudo parecia um grande mistério. Aos poucos, algumas respostas surgem, mesmo que de forma incompleta. Ainda assim, muitas dúvidas continuam. E mesmo que o fim da primeira temporada pareça uma vitória, ainda há muito por vir e por entender.
Aliás, o Filipe Sales escreveu um texto de primeiras impressões sobre a segunda temporada do anime. Se ficou curioso e quer saber quais são os próximos eventos dessa história, dê uma passadinha por lá e leia o artigo dele.
deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.