Primeiras Impressões: Psycho-Pass 3 Depois de três filmes, uma nova temporada.

Julia Freitas
(Revisora e podcaster)
Psycho-Pass 3
© Psycho-Pass 3

Gênero: Ação, Sci-fi, Policial, Psicológico
Estúdio: Production I.G
Diretor: Naoyoshi Shiotani
Origem: Original
Data de estreia: 25 de Outubro

Sendo a sequência de Psycho-Pass: Sinners of the System Case.3, Psycho-Pass 3 traz de volta uma das melhores franquias de seu gênero. Nessa temporada, acompanhamos o desenvolvimento de dois novos inspetores, assim como a equipe de executores quase completamente renovada, que conta apenas com um membro mais antigo. Com uma animação impecável, ótima trilha sonora, recursos psicológicos fantásticos, Psycho-Pass 3 tinha tudo para ser ótimo… Mas, infelizmente, não é.

Já é de conhecimento geral que sequências quase nunca conseguem ser tão boas quanto a primeira parte, ainda mais em animes originais; no entanto, no caso de Psycho-Pass, houve um decaimento constante na qualidade da história e até mesmo dos personagens, uma vez que temos a incrível Akane Tsunemori e Kougami Shinya sendo cada vez mais mal aproveitados até serem deixados de lado nessa nova temporada. Claro, ainda terão uma participação, mas nada que se compare aos seus papéis antigos. E o problema nisso é a introdução de personagens mais fracos, sem carisma. O novo protagonista, Shindou Arata, parece mais um super humano do que alguém que faz esforço para seguir pistas, o que de certa forma tira grande parte da graça do anime.

O fato de o anime ser lançado em episódios de 45 minutos também foi um tanto desanimador; o desenvolvimento arrastado se torna cansativo quando você precisa ficar tanto tempo prestando atenção. Além disso, o caso que se desenrola no primeiro episódio não é lá muito interessante e não conseguiu despertar meu interesse sobre sua conclusão. No entanto, os recursos visuais usados para mostrar a parte psicológica de Shindou são magníficos, pois o estúdio parece não ter poupado esforço para impressionar em momentos de flashback ou de trabalho mental do personagem. A abertura também tem seu brilho por ser muito bem feita e ter uma música boa, apesar de nem de longe ser tão cativante quanto a da primeira temporada.

Nota: assistir as temporadas anteriores não é o suficiente para que você acompanhe as mudanças na terceira. É preciso que veja os três filmes que antecedem essa nova temporada.

Sinopse:

“Em um mundo onde o princípio de que “todos são inocentes até que se prove o contrário” não se aplica, o julgamento é dado por um sistema que analisa o estado mental das pessoas e as categoriza como potenciais criminosos ou não, intitulado de “Sybil”. É dada também uma probabilidade de “cura” (terapia), de recuperação mental desses indivíduos.

Caso essas pessoas sejam classificadas como irrecuperáveis, sua sentença pode ser a prisão ou a morte, mesmo que não tenham cometido crime nenhum. Como auxílio em suas investigações, a polícia usa um grupo de prisioneiros “especiais”, chamados Executores (Enforcers), para ajudá-los a capturar ou matar esses indivíduos “não mais necessários”. Para tal, utilizam uma arma especial, chamado de Dominators, ou “Os olhos da Sibila”.”

© Psycho-Pass 3

Expectativas:

Talvez por ser realmente apaixonada pela primeira temporada, a queda na qualidade da história tenha me decepcionado mais do que deveria. Mesmo tendo ótimos recursos visuais que, normalmente, me fariam assistir sem curtir a história, eu não consegui criar nenhuma empatia pela nova temporada. Já era esperado depois da segunda temporada fraca e dos filmes, mas como boa fã que sou, assisti tudo na esperança de que fosse retomar o fôlego de Psycho-Pass que fez com que a primeira temporada entrasse no meu Top 5. Só que dessa vez, não haverá insistência: os personagens novos são tão fracos, que não pretendo continuar assistindo.

Nota: 2/5 – decepcionante, só o que salva é o trabalho artístico (maravilhoso, por sinal).


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