Primeiras Impressões: 100-man no Inochi no Ue ni Ore wa Tatteiru O fazendeiro anti-herói que odeia Tóquio voltou.

Pires94
(redator de noticias)
100-man no Inochi no Ue ni Ore wa Tatteiru
© 100-man no Inochi no Ue ni Ore wa Tatteiru

Ficha Técnica – 100-man no Inochi no Ue ni Ore wa Tatteiru

Gênero: Ação, Jogo, Drama, Fantasia, Shounen.

Estúdio: Maho Film

Origem: Mangá

Data de estreia: 09/07/2021

Para alegria de uns (e tristeza de outros), a segunda temporada de 100-man no Inochi no Ue ni Ore wa Tatteiru foi ao ar hoje. Porém, antes acho válido colocar na mesa certos detalhes a respeito da obra para que possa haver um “filtro” do que foi visto até agora. Por exemplo:

Pontos favoráveis:

Como um fã de isekais particularmente esse estilo não é o que mais me agrada. Geralmente, isekais de maior seriedade, envolvendo cenas mais impactantes, histórias intensas e ecchi são os que “fazem mais a minha cara”. Contudo, não vou ficar criticando muito I’m Standing on a Million Lives até porquê o mesmo tem o seu valor, principalmente se:

  • O que você procura é algo “fora da caixinha”, com um prota “underpower” (se é que isso existe rsrs) e negligente, se sua busca é por algo mais “suave” em termos de violência, e praticamente zero fan-service, vale a pena dar uma chance;
  • 100-man conta com uma ótima dublagem, interpretada de forma bem bacana e envolvente, o que contribuiu para me prender um pouco mais no acompanhamento da série;
  • Dispondo de um certo tom cômico, o anime é bem “light”, além de nos introduzir a respeito da história dos personagens de tal modo que acabamos criando vínculo. No meu caso, Yotsuya e Yuka nem tanto mas, os perfis de Hakozaki e Shindou me agradaram bastante. Enquanto Kusue é uma personagem tímida, delicada, pacifista e em certos momentos engraçada (que não se dá muito bem com espadas, apesar de receber o status de guerreira), do outro lado temos Iu Shindou. Ela, por sua vez, sempre foi a típica personagem popular, bonita e talentosa, que todos admiram em sua escola. Iu também aparenta ser bem mais centrada e madura ganhando o status de maga do vento (só que esse ventinho não chega a ser um tornado desses de derrubar casas e tals, tá mais pra uma brisa de verão isso sim kk). Apesar de todas as diferenças, ambas criam laços e se tornam grandes amigas;
  • Alguns momentos são carregados de sentimentalismo e, num contexto geral o anime remete bastante ao gênero shounen, então se você é fã com certeza serão aspectos a agregar.

Pontos curiosos:

Caracterizado por ser “um isekai diferentão”, 100-man apresenta alguns pontos que eu gostaria de mencionar aqui.

  • Um deles é que todos os personagens inseridos podem sempre ressuscitar após exatos 30 segundos. Tirando, é claro uma ocasião: Caso todos morram, isso ocorrerá DE FATO, e será “game over” na certa;
  • O anime também envolve mistérios a partir do momento em que lembra muito a ambientação de um jogo, contando inclusive com pontos de registro onde cenas do passado se repetem. Além disso, em dado ponto da obra inclusive percebemos que as divindades enigmáticas existentes, na verdade vieram do futuro. Uma delas é, aliás, bem peculiar e engraçada, chegando a ser uma marca dentro do anime. Estamos falando de Game Master.

Game Master é uma espécie de holograma que aparece repentinamente (e assustando várias vezes os protagonistas) representando o corpo humano… só que tipo… 99,5% completo. Com apenas uma parte do rosto faltando, Game Master é quem comanda, atribui as missões, e fornece as instruções dentro desse universo paralelo. O único problema é que muitas vezes o mesmo nem termina direito as frases. Por exemplo: “Viemos do fu”. Isso não explica muita coisa não é verdade??

  • Além disso, 100-man pode parecer um harém por se tratar de apenas um personagem masculino em meio as demais garotas, mas não é. O que menos a gente vê aqui é romance;
  • Um outro diferencial aqui são as desvantagens pelas quais Yotsuya precisa aprender a passar por cima. Tudo começa com o status de fazendeiro que lhe é atribuído em meio a tanto outros melhores.

Pontos desfavoráveis:

Talvez por contar com um estúdio não muito experiente no seguimento, o anime é produzido pela Maho Film (Uchi no Ko no Tame naraba, Ore wa Moshikashitara Maou mo Taoseru kamo Shirenai, Kami-tachi ni Hirowareta Otoko, Yakunara Mug Cup mo) cujos animes seguem uma linha específica de “isekais kawaiis”, uma tendência bem parecida com 100-man mas, que pelo visto não surtiram muito efeito em termos de recepção. I’m Standing on a Million Lives é bem mediano em todos os sentidos. A história não é tudo isso, mas se desenvolve aos poucos, enquanto os visuais e as cenas de ação são simplórias e deixam a desejar.

Agora quanto ao primeiro episódio, “Eu Sei, vamos para Jiffon”: Basicamente, não houveram significativas mudanças em termos gerais… só o perfil de Yotsuya que parece ter melhorado um pouquinho. O anime começa no cenário escolar com cada integrante no seu pequeno mundo de sempre, mas logo há uma intervenção como de costume para o universo alternativo. Pra variar, mais uma missão está a espera do nosso agora quinteto principal… é isso mesmo!! Um novo personagem foi introduzido, seu nome é Torii Keita (Guerreiro: Lança).

Carregando o título complexo de “Oferecer Jiffon Buffo no Vaikdamia” nossos Grandes Heróis (assim chamados) partem agora em direção à Cortonel a fim de desvendarem o significado por trás deste novo desafio com a ajuda da energética cavaleira Kahabell.

Porém, quem diria que após 15 anos Kahabell fosse mudar tanto!! Após ter presenciado toda a parte “suja” da guerra e ainda perder uma das mãos, nossa cavaleira deixou essa vida de lado para criar seus filhos. Sinceramente essa cena é bem bonita e remete àquela parte de sentimentalismo mencionada anteriormente. E não para por aí.

Para nossa surpresa, Kahabell ainda guarda com carinho todas as experiências vividas com o grupo mas, principalmente com Yotsuya, a ponto de presenciarmos uma emocionante cena de beijo entre os dois!! Fica claro aqui que a cavaleira na verdade bem lá no fundo sempre teve gratidão e afeto pelo protagonista. “Eu te amava Yuusuke é o que diz Kahabell.

Posteriormente, nossos amigos partem sentido à ilha de Jiffon, chegando lá eles são recebidos por dançarinas rituais Vaikdam e descobrem que Jiffon Buffo são vacas, e eles terão que oferecer uma delas no festival da colheita, o Vaikdamania. Contudo, parece que o festival não vai rolar devido à uma certa invasão de Orcs no Castelo Kumamo, “um castelo inconquistável construído há 400 anos”. A presença dos Orcs foi justamente o que desencadeou a guerra e o extermínio do povo da ilha. Apesar da tentativa de se renderem, isso não bastou para que a matança tivesse fim, pois Orcs se alimentam de carne humana. A única alternativa então encontrada foi oferecê-los carne de Jiffon, mas ainda assim era só questão de tempo até o número de Orcs aumentar e a carne não ser mais suficiente para todos.

O plano agora dos nossos mercenários é de exterminar os Orcs. Acontece que graças a algum intruso a Rainha já está consciente das intenções. Resta saber o que haverá de agora em diante. Serão os Grandes Heróis capazes de deter estas criaturas??

100-man no Inochi no Ue ni Ore wa Tatteiru
© 100-man no Inochi no Ue ni Ore wa Tatteiru

Sinopse:

Yotsuya Yuusuke junto com suas colegas Shindou Iu e Hakozaki Kusue foram transportados para um mundo estranho e desconhecido habitado por criaturas mitológicas. Assim que chegam, eles encontram alguém que se autodenomina Game Master, que então lhes concede uma missão por tempo limitado. Para ajudá-los nessa missão, ele também concede a Shindou e Hakozaki os papéis de Maga e Guerreira, enquanto Yotsuya recebe aleatoriamente o papel de… um Fazendeiro ?!

Foi assim que começou uma vida agitada de aventuras para três alunos que agora não têm escolha, a não ser completar missões aleatórias por várias fases no mundo de fantasia se quiserem permanecer vivos e proteger o mundo real dos demônios e monstros que encontram.”

100-man no Inochi no Ue ni Ore wa Tatteiru
© 100-man no Inochi no Ue ni Ore wa Tatteiru

Expectativas:

Se você estava ansioso pela estreia da primeira temporada baseado no plot ou, por alguma mudança nesta segunda, NÃO FIQUE. Antes de dar uma chance a 100-man eu tive uma noção bem diferente do que a obra acabou entregando por fim, o que me desanimou um pouco. Acredito que meu pensamento vá de encontro a muitas críticas que andei observando no sentido de que o autor deu “um tiro no pé” a partir do momento em que procurou quebrar um cliché. Esse aspecto de anti-herói desleixado e inconveniente que foi criado veio mais pra atrapalhar do que somar.

Nota: 4,0/5,0


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