Review: K-On! Uma boa história de amizade com personagens marcantes!

Vitor Nascimento
(Podcaster)
@ifusic
©Kyoto Animation/Kakifly

K-On! – Ficha Técnica

Gênero: Slice of Life, Comédia, Música, Vida Escolar
Estúdio: Kyoto Animation
Baseado em: Manga 4-Koma
Número de episódios: 1ª Temporada – 13 | 2ª Temporada – 26
Estreia: 2009

 

K-On!, lançado em 2009 por o estúdio Kyoto Animation é mais um anime adaptado de um manga 4-koma. Acompanhamos a vida de Yui, uma garota atrapalhada e preguiçosa, porém, devido a sua entrada no ensino médio, acaba por ingressar ao Keyon.

Então, o que faz esse anime ser tão especial que me fez escrever sobre ele nove anos depois? Bem… tudo! Portanto, irei dissecar os pontos principais para que você entenda o motivo de K-On! ser um dos meus animes preferidos de todos os tempos.

Aspectos Técnicos

Um dos principais é o “Voice Acting” que consegue transmitir a personalidade de cada uma das personagens. Desde a animação da Ritsu em seu jeito de falar alto e rápido, até à voz mais baixa e reservada de Mio. Ainda há a limpidez e fineza de Mugi, o jeito sem preocupações e largado de Yui e a inocência e juventude de Asuza. Claro, as personagens coadjuvantes não ficam para trás, desde a orientadora do clube Sawako, à irmã mais nova da protagonista.

©Kyoto Animation/Kakifly

A animação, apesar de não se preocupar em ser ultrarrealista e detalhada (a la Makoto Shinkai), é extremamente plástica e possui poucas cenas com os personagens estáticos com apenas as bocas mexendo. A paleta de cores é leve, dando uma aura de tranquilidade ao mundo. E a “background art” tem um nível de detalhamento surpreendente, o que se deve ao fato de muitas das localizações serem baseadas em lugares reais, como a escola que as meninas estudam.

Um dos fatores estéticos fortes também é o character design de cada uma das personagens. Que diferenciam em corpo, estatura e rosto, porém, se mantendo verossímil. Por exemplo, Mio, a única personagem tradicionalmente bonita da série, possui um pescoço mais longo e afinado; é bem magra e possui um cabelo perfeitamente liso e arrumado, o que leva as garotas a sentirem inveja e brincarem com isso as vezes.

Ritsu, por outro lado, é um pouco menor, possui uma testa grande e por seu estilo de cabelo, curto e preso por uma tiara, é considerada uma personagem mais “masculina”. Mugi, que, já possui um cabelo volumoso, tem o rosto arredondado. Yui dispõe de um rosto redondo, mas não muito. Não é magra nem gorda e está sempre com o cabelo desarrumado.

©Kyoto Animation/Kakifly

Por mais que esses detalhes possam parecer óbvios para quem já viu a série, acho importante pontuar o tanto de cuidado que foi colocado nessa área e o quão importante narrativamente isto é. As personagens possuem a aparência como um reflexo de sua personalidade, dando um toque muito forte de humanidade à elas.

Enredo

Há no anime uma protagonista. Mas, conforme os episódios passam, ele se torna mais sobre o clube, e como elas lidam com dificuldades e surpresas diariamente. Logo no primeiro episódio, elas têm a dificuldade que é encontrar mais uma pessoa para integrar o clube; para que o mesmo não seja fechado. Dificuldade que é resolvida com a entrada de Yui, o que resulta em uma nova amizade para todas as garotas.

Pouco depois, elas têm o problema da Yui querer uma guitarra que ela não dispõe de dinheiro para comprar, o que resulta nelas executando várias atividades para juntar dinheiro, porém, ela recusa pegar o dinheiro de suas novas amigas por se sentir egoísta, o que ensina uma nova lição a Yui e faz a amizade delas ser intensificada.

Na série, acontecem diversas situações a serem superadas pelas garotas, todas sendo profundamente impactantes na vida das personagens e na audiência.

©Kyoto Animation/Kakifly

Música

Afinal, K-On! não é sobre um clube de música, cade a música? Para isso, revi todas as aberturas, encerramentos e músicas que tocam durante os episodios. As “OP’s” e “ED’s”, servem não só como uma forma de abrir o anime, mas também como clipes da banda. Na primeira abertura, com a música Cagayake! GIRLS, nos é apresentado cada uma das garotas no cotidiano.

O encerramento já é um pouco mais artístico e elaborado; apesar das garotas demonstrarem um certo desconforto. O padrão meio que se repete para a segunda temporada em relação a abertura.

Quero ressaltar a música U and I, um dos momentos que mais chorei na minha história Otaku. A declaração de amor entre Yui e Ui só pode te levar a um lugar, lágrimas.

Posso citar mil aspectos técnicos que o anime consegue executar de forma exemplar. Não importa, todos eles somente servem para me sentir mais apegado as garotas, que, hoje em dia, eu amo tanto. Eu AMO as personagens, me identifico com elas, quero ser amigo delas, quero acreditar que posso ter amizades assim. Fuck! eu quero dar o nome de Yui para minha filha.

Nota: 10 – Excelente 


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