Mercado Chinês de animes deve ultrapassar faturamento Japonês em 2017 Em crescimento, produtores Chineses dizem estar prontos para o mercado

Vitor Kaique
(Redator de Notícias)
Analise do Mercado de animação Chinesa
© World of Super Sand Box / The King’s Avatar / Bloodivores

Segundo a análise da Nikkei Asian Review, o mercado de animes na China, que tem foco em Streaming, deve chegar a U$21,7 bilhões este ano, valor três vezes maior que em 2010 e maior do que o previsto para o mercado japonês.

A China vinha sendo utilizada pelos japoneses como forma de mão de obra para suas produções, mas com este constante crescimento, o inverso esta acontecendo. O país esta a cargo de mais da metade do lucro bruto em licenças de Streaming, além de empresas como a Emon e Tencent (The Kings Avatar, Ani Ni) estarem ganhando cada vez mais obras para animar, sendo obrigado a repassar os trabalhos para o Japão.

Widad Noureddine, gerente geral de operações de mídia internacional da Emon, comentou o crescimento dizendo que “Há demanda do lado Chinês. A Tencent tem um grande catálogo de webcomics que são muito populares, e eles adorariam ver estes trabalhos adaptados em animação”.

Criada em resposta a esta ascensão, a Emon foi o primeiro estúdio japonês de animação de uma produtora chinesa, “Se você quer anime, você tem que produzi-lo no Japão” diz Widad. Mas também afirma que o maior desafio ainda esta na percepção negativa de obras feitas na China, “o maior desafio é lidar com a imagem que os chineses só copiam. É verdade que a origem das obras não é japonesa, mas são animadas por japoneses, à maneira japonesa, em um estúdio japonês”.

The Wall Street Journal

Em um recente relatório ao The Wall Street Journal, um executivo da Dentsu, maior agência de publicidade do Japão e importante investidora em animes, explica que a repressão a pirataria e as leis governamentais de direitos autorais do país foram os grandes fatores que resultaram neste aumento de vendas de animação, tornando as licenças de anime mais atraentes para os compradores locais.As indústrias também se beneficiam com isto, pelo fato de que não estão sujeitas as mesmas cotas e revisões de conteúdos implementadas para filmes estrangeiros e programas de televisão.

The Wall Street Journal estima que um episódio do anime Gintama é vendido por aproximadamente U$100.000,00.

Por último,  com este crescimento Widad acredita que as coproduções chinesas podem ajudar a revitalizar o mercado, já que os japoneses continuam fazendo as mesmas histórias, utilizando de um mesmo padrão, apenas substituindo os personagens.

FONTE: Aqui!


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