Cosplayers denunciam discriminação no México Eles foram barrados em um centro comercial

Ana
(Supervisora da redação)
@anapnf
Cosplay
©Konosuba

No final do mês passado no México, especificamente no estado de Hidalgo, um veículo noticiou que um grupo de cosplayers havia denunciado discriminação em um shopping da cidade de Pachuca. A notícia foi partilhada com um vídeo gravado por um dos atingidos, que na sua narração explica que o grupo tentava entrar no centro comercial com as suas roupas, mas que foram detidos na entrada.

Na crônica, pode-se ouvir o funcionário responsável pela segurança comentando: “O que acontece é que quando eles entram com peruca, ou seja, não é permitido”. O grupo de cosplayers questiona o porquê e esclarece: “Não viemos dar evento, viemos consumir”. E outro ataca: ‘E por que não falam nada pra quem vem ver o filme fantasiado de Mario Bros?

Parece que a responsável pela segurança está encurralada, então ela ignora as causas e explica: ‘Eles apenas me disseram para mantê-los aqui‘. Há um corte na gravação e vemos que chegou um responsável pela administração para atender a situação. A representante, aliás, afirma que o grupo apresentou a denúncia à Comissão Estadual de Direitos Humanos, que apurou que houve discriminação por parte do pessoal das instalações, e exigiu que o shopping divulgasse suas regras.

É claro que a cultura cosplay não é difundida em todo o mundo e, embora seja geralmente aceita no Japão, em outros países ainda não é comum as pessoas andarem pelas praças da cidade usando perucas, lentes de contato e roupas extravagantes. Isso também explica por que os comentários que a publicação original do relatório recebeu não foram tão positivos:

  • ‘Por isso a Pachuca não deixa de ser uma fazenda. Policiais mal treinados e pessoal de monitoramento sem critério. Isso ajudaria muito a praça fazendo com que muitos mais viessem se divertir. Então eles nem querem ir àquela praça’;
  • ‘Que embaraçoso estar vestida assim’;
  • ‘É que nenhum deles tem o cosplay que está usando’;
  • ‘Eles já fizeram a bagunça deles e continuam com a mesma coisa, que pena dizer que você gosta de anime ou que gosta de cosplay para pessoas como ela. Para ela que sempre tem problemas no trabalho, que não tem contato com os clientes, se eles realmente conhecessem a Ciel’;
  • ‘Que plano ruim com aqueles seguranças. Levante sua voz, vá massivamente em cosplay para todas as praças do México’;
  • ‘Polícia e praça medíocres’;
  • ‘Há sempre pessoas amargas em todos os lugares’;
  • ‘Acho que para a segurança faz sentido. Assim como aqui na Colômbia é proibido entrar em qualquer lugar com a mala da moto. Também é proibido entrar com qualquer tipo de disfarce que impeça a identificação de sua identidade’;
  • ‘Independentemente de estarem vestidos ou não, que justificativa eles tinham para fazer isso? Havia uma lei que os permitia?’.

Mas as coisas não ficaram assim, depois disso a comunidade de cosplayers da região organizou um protesto na periferia das instalações, fazendo uma manifestação e exigindo falar com o responsável pelo shopping. E conseguiram, a administradora do local ofereceu ‘um pedido de desculpas à comunidade cosplayer‘ pelos fatos que, segundo ela, rejeitaram veementemente. Segundo o responsável, a pessoa que levou o caso teve falta de juízo e não representou os valores da praça. Além disso, a pessoa foi demitida do local justamente por esse motivo.

No entanto, explicou por que eles têm uma política rígida de vestuário. O administrador explica que, fruto dos atos criminosos que a praça sofreu em 2016, quando homens armados e encapuzados invadiram as instalações, foi tomada a decisão de estabelecer medidas de segurança. Assim, começaram a pedir a identificação de quem usa máscara.

Aparentemente, a situação terminou em boas condições para ambas as partes, obviamente não para a pessoa que eles demitiram.

Fonte: Aqui!


ESCUTE no SPOTIFY
SUA OPINIÃO É IMPORTANTE. COMENTE AQUI!
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião
deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.