Dragon Ball Super Broly: entrevista com o streamer Felipe Matheus Conheça a vida de um streamer - e como você pode começar sua carreira nesse meio.

Vitor Nascimento
(Podcaster)
@ifusic
©Toei Animation/Akira Toriyama

O próximo passo da franquia Dragon Ball está nas mãos do filme; Dragon Ball Super: Broly. Muito está se esperando, pois ter Broly como um personagem acendeu o hype dos fãs.

Sinopse

“Essa é a história de um novo Saiyajin. A Terra está em paz após o Torneio do Poder. Percebendo que o universo ainda tem muitas pessoas poderosas, Goku passa todos os seus dias treinando para atingir níveis ainda mais altos. Então um dia, Goku e Vegeta são confrontados por um Saiyajin chamado Broly, que eles nunca viram antes. Os Saiyajins deveriam ter sido praticamente extintos com a destruição do planeta Vegeta, então o que esse está fazendo na Terra? O encontro entre esses três Saiyajins, que seguiram caminhos completamente diferentes, terminará em uma batalha estupenda, com até o Freeza (de volta do Inferno) entrando na história”.

Aproveitando do advento do filme entrevistamos alguém que convive toda semana com o universo de Akira Toryama. Felipe Matheus; ou  FilaMSJ como é conhecido nas telinhas, é um streamer multi-jogos que dedica boa parte das suas lives a Dragonball Fighter Z. Entramos em contato para saber o que o filme trará para o jogo; ou que podemos esperar.

Segue a entrevista abaixo:

1- Quem é você? O que faz? Trabalha, estuda? Conte um pouco da sua trajetória com o mundo dos animes e dos mangás.

Meu nome é Felipe Matheus, 23 anos, também conhecido como Fila. Estou cursando o último semestre de Ciência da Computação e estagio com levantamento de requisitos e testes de software, bem divertido. Por volta de 2008/2009, um amigo me mostrou um AMV de TroughtheFire and Flames da luta entre Naruto x Sasuke no Vale do Fim. Depois disso, nunca mais deixei de acompanhar animes e mangás. Pouco tempo depois, comecei a colecionar mangás e hoje já tenho uma coleção de mais de 1000; e de 50 títulos diferentes, já sou um caso perdido.

2- Por que você começou a streamar?

Jogar faz parte da minha vida há muito tempo e gosto de assistir outros streamers. Um dos motivos que me fez começar a streamar foi por causa do canal do TimTheTatman. Ele não é nenhum jogador profissional, longe disso. Ele sempre tira a primeira hora das lives só interagindo com seu chat, acho isso sensacional. Depois de um tempo acompanhado as lives do Tim, eu me senti motivado a tentar começar o meu próprio canal. Obviamente, no início, ninguém me assistia; precisou de alguns meses para que o público começasse a aparecer. Hoje ainda sou um streamer bem pequeno, às vezes ocorre de ninguém aparecer, mas já tenho seguidores que acompanham o canal há bastante tempo e aparecem com frequência. Poder interagir com essas pessoas é uma das melhores experiências possíveis quando se transmite.

3- Quais conselhos você dá para aqueles que desejam iniciar a carreira de streamer?

Não se importar com números, ninguém começa grande, eu mesmo ainda não sou grande coisa, longe disso. Mesmo que não tenha ninguém assistindo, transmita como se tivesse mil te vendo, você está transmitindo porque gosta de jogar e quer mostrar o seu jogo para os outros e não por causa de dinheiro ou algo assim. Crescer não é fácil, requer tempo e dedicação por parte do streamer.

4- Quais as dificuldades de se iniciar a streamar hoje em dia?

A dificuldade não está em começar, isso é a parte mais fácil. Só é preciso baixar alguma ferramenta de transmissão e ter uma internet razoável, com isso você já pode vender “sua arte”. A dificuldade está em se manter motivado em continuar as lives, às vezes, a pessoa desiste pela falta de tempo em jogar. Desiste pois não tem pessoas o assistindo, porque não está gerando lucro, etc…

5- Você iniciou seus trabalhos como streamer no ps4 e mudou para o PC. No cenário atual, há espaço para streams no console?

São poucos os jogos que jogo no PC, na verdade, a maioria das minhas lives são feitas pelo PS4, inclusive jogo FighterZ no PlayStation. Há espaço para qualquer pessoa em qualquer plataforma; obviamente, o PC é mais popular e mais acessível para transmitir.

6-Escolher um nicho específico é uma boa estratégia para angariar público?

Não acho que exista isso de angariar um público específico. Seja você mesmo, jogue o que gosta e se divirta jogando, com o tempo, as pessoas irão te seguir. Preocupação com números ou em conseguir público é a última coisa que o streamer deve ter.

©Bandai Namco/Akira Toriyama

7- Por que Dragon Ball FighterZ chamou sua atenção e por que você escolheu se tornar um streamer quase exclusivo de Dragon Ball? 

Dragon Ball, para mim, é paixão desde criança. Fanboy puro, e sempre gostei de jogos de luta, na hora que soube que haveria um novo jogo de Dragon Ball e que seria em 2D, estilo Budokai dos de Ps2, foi pré-compra no primeiro dia. Pouco tempo depois, comprei o seasonpass; não queria perder nenhuma novidade do jogo.

8- Qual seu time de personagens favoritos? Por quê?

Atualmente, estou jogando mais de Vegetto, Goku SSJ e Vegeta Blue. Não são os personagens mais utilizados no jogo e longe de ser o time meta, mas são os meus favoritos disparados. Gosto bastante de Goku e Vegeta, então tentei formar um time em volta deles. Vegeta Blue tem o nível 1 mais estiloso disparado, Niagara Pummel é sensacional, ele é o coração do time e nunca vai ser substituído.

Goku SSJ é um dos personagens mais equilibrados do jogo. Tem combos sólidos, consegue dar dano e tem o Kamehameha então é bom tê-lo no time. Já que gosto de Goku e Vegeta, nada mais lógico que colocar a fusão dos dois. Vegetto é um monstro em construir barras de super, o que é excelente para o meu time já que o Vegeta Blue consome muita barra; também tem um dano bom.

9- O que esperar de Dragon Ball Super: Broly? Quais as expectativas para o filme?

O hype está bem alto. Broly é um dos personagens mais populares de toda franquia e agora que o próprio Toriyama trabalhou no personagem, e o anexou a história principal de DBS; mal posso esperar para ver quão overpower ele vai ser. Parece que vão explorar também o passado dos Sayajins e sempre fico animado com mais sobre o universo sendo contado.

10- Como a chegada do filme afeta o jogo?

Difícil dizer. Vai depender de como a produtora do jogo vai aproveitar o embalo do filme. No momento, a BANDAI parece estar focando no lançamento dos novos personagens; Coola e Android 17. Talvez, quando estiver mais próximo do lançamento do filme, tenhamos mais novidades, mas, por enquanto, não parece que vai afetar tanto.

11- Como está o cenário de Dragon Ball FighterZ nos e-sports? Há expectativa para o crescimento do cenário competitivo no Brasil?

Esse foi o jogo que conseguiu unir jogadores de vários outros jogos de luta. A popularidade do jogo foi absurda, foi o que mais teve inscritos e mais audiência na Twitch durante a EVO 2018; superando até mesmo Street Fighter V. Também foi criado o Dragon Ball Fighter Z World Tour – que promove campeonatos em todo o mundo, mas não foi anunciado nenhum evento no Brasil, infelizmente. Quanto ao cenário competitivo no Brasil; há o torneio semanal e o ShenlongChallenges realizado pelo KombatKlub. São esses torneios que mantem o jogo vivo por aqui.

12- Quais são seus jogos favoritos single e multiplayer? Pretende fazer streaming deles?

Shadow of the Colossus disparado é o meu jogo favorito. Joguei em todas as plataformas que foi lançado e não importa quantas vezes for lançado, estarei jogando de novo. O jogo é perfeito, transmitir a versão de PS4 foi prazeroso. Tenho um carinho muito grande por Destiny também. Jogo desde o lançamento, formei amizades muito boas que mantenho até hoje. Agora que lançou a expansão de Destiny 2 vou ter que conciliá-lo com Dragon Ball, está complicado.

13- O que você está esperando do jogo Jump Force?

Acompanho e acompanhei vários títulos da JumpDragon Ball, Yu Yu Hakusho, Hunter x Hunter, Death Note, Naruto, Bleach, OnePiece, Boku no Hero – são muitos. Criar um jogo que pretende unir, praticamente, todos os heróis e vilões da Jump em um único jogo de luta? Só o conceito já foi suficiente para me fisgar. Caso ocorra um beta, quero, com certeza, ter a chance de jogar.

14- Quais suas redes sociais e onde as pessoas podem te acompanhar?

Faço transmissões na Twitch terças, quartas e sextas às 20h. É possível me achar em twitch.tv/FilaMSJ. Em 2019, estarei oficialmente desempregado aí terei mais tempo para jogar. Estou também no Twitter e no Instagram; onde compartilho besteiras, ambos são @felipemsj.

©Felipe Matheus/FilaMSJ Streamer

Gostaram da entrevista? Pretendem fazer streaming ou já o fazem? Comentem abaixo e vamos fazer crescer esse mercado que, naturalmente, já está em ascensão aqui no Brasil.


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