Vamos Falar de: Fate/Extra Record e seu predecessor O anúncio de um remake para aquele que jogou o jogo original.

Josenilson Vinicius
(Pauteiro do UNITEDcast)
Studio BB/ Type-moon
©Studio BB/ Type-moon

Na tarde do dia 22 de julho no Japão, noite aqui no Brasil, foi anunciado a produção do Remake do Fate/Extra, sim daquele anime que foi o ultimo lançamento da franquia na Netflix que é baseado do jogo de PSP cujo a historia é simplesmente uma guerra do santo graal na maior placa de vídeo do mundo: A lua, sim aquele corpo celeste que vemos todas as noites escondia um enorme computador alienígena com capacidade de simular uma realidade com perfeição, pelo menos na linha temporal do Extra que compreende o primeiro jogo de PSP que saiu tanto no oriente tanto pelo ocidente, inclusive foi o meu primeiro contato com a franquia FATE por esse jogo que é mais acessível que a visual novel original, muito porque não possui mais de 60 horas de texto direto, apesar que o Extra possui este elemento no seu gameplay, mas não é o único; CCC que também saiu no PSP mas ficou apenas no Japão já que a publicadora no Ocidente faliu na época, já o jogo em si conta uma historia alternativa do Extra mais focado na Sakura, sim a Sakura Matou do Stay Night entretanto não é a unica referência da obra original, e Extrella como também Extrella Link que foram a primeira grande mudança de gameplay da franquia de um RPG de turnos para se tornar um hack-and-slash, posso também adicionar o Extra/Last Encore que poderia ser a adaptação do primeiro jogo que acabou se tornando uma DLC do mesmo.

Type-Moon
©Type-Moon

Já falando de gameplay, aí temos um ponto ruim da franquia, pelo que eu joguei do Extra e provavelmente ocorre no CCC que é o sistema pedra-papel-tesoura, não é um sistema ruim numa primeira jogada mas como o Extra é um RPG que necessita de Grind para prosseguir já que você não pode voltar a áreas antigas após determinado progresso na narrativa, isso acaba obrigando você a gastar horas num único nível para conseguir melhorar seu personagem contra um chefe extremamente poderoso que você irá enfrentar, entretanto os chefes são o destaque no jogo, pois estamos falando de uma obra da franquia Fate então em algum momento ou outro teríamos servos e mestres aparecendo e aí que este ramo da franquia brilha já que como qualquer obra que carrega o codinome Fate é necessário descobrir qual é a origem/histórico do servo adversário para vencê-lo, óbvio que aqui está mecânica da franquia foi trabalhada por eventos a cada andar, afinal de contras a história do jogo é que você (jogador) é um mago invocado para uma guerra de santo graal na lua, só que você não esta sozinho pois tem mais 127 outras pessoas atrás disso e para chegar a ser escolhido pela Moon Cell, que é o grande sistema desse grande PC magico, é realizado eliminatórias por chaves simples, simplificando você tem de enfrentar outras sete pessoas, um por andar, para chegar na frente do cálice sagrado, se vocês notaram sete servos, sete andares, sete classes, sim aqui temos o conceito mais famoso da franquia sendo usado na narrativa da obra, como aqui ainda tem a mão de Nasu há sim toda uma necessidade de pesquisar sobre a origem histórica do servo rival, mas aqui no jogo é facilitado pois o “hub” principal do jogo é um colégio que possui uma biblioteca e logo após você acessar o novo andar ou até mesmo ocorrer um evento de encontro ou com o servo, ou com o mestre do mesmo, aparece informações sobre este servo na biblioteca, primeiramente são informações vagas, mas a cada progresso nos andares acaba desencadeando mais eventos de encontro que por tabela desencadeia mais informações na biblioteca até que no fim você descobre quem é o servo, com o descobrimento acabamos descobrindo os padrões de ataque dele para conseguirmos vencê-lo, aí que o sistema pedra-papel-tesoura cai como uma luva, mas como qualquer jogo de RPG é necessário minions para gerar progressos e experiência para desbloquear habilidades e magias mais poderosas para conseguirmos derrotar o servo-chefe do andar, a quantidade de experiência dada por eles é boa no início, principalmente quando você sai de um andar mais baixo onde os minions dão menos experiência, mas aí você acha que pode derrotar o servo num primeiro evento de encontro e leva uma surra, com essa surra você percebe que ainda está fraco, acaba necessitando vencer os minions do andar, mas mesmo que você “limpe” o andar, a quantidade de experiência conseguida é menos que do que o necessário para melhorar seu servo, aí você acaba dedicando mais horas para derrotar mais minions para conseguir melhorar seu servo, com essas horas você acaba decorando o padrão de ataque deles e como o sistema de batalha é baseado em pedra-papel-tesoura acaba diminuindo a dificuldade e torna o game massante.

Type-Moon
©Type-Moon

Com o sistema reformulado para usar agora cartas de ordem randômica ao invés de pedra-papel-tesoura, ele dará um desafio a mais para nós jogadores que provavelmente teremos de passar a mesma quantidade de horas para farmar seu amado servo, entretanto o desafio ainda existirá e por falar dos servos, aqui entra um ponto que remete bastante o Stay Night, pois podemos escolher um de três servos: Saber que todo mundo sabe que é Nero Claudius, o Saber é o servo mais fácil para o início do jogo, afinal de contas é um Saber, mas para o final do jogo torna-se mais difícil jogar com ela; Archer que para surpresa de zero pessoas é o Archer do Stay Night, até porque no anúncio vemos o fantasma nobre dele, é o mais equilibrado dos três e como não cheguei a jogar com ele então não posso dizer as diferenças, e por fim a minha Waifu, aquela que uso como foto do meu perfil para divulgar vosso nome para os quatro cantos do mundo e o pior servo para começar o jogo: a Caster, mas para o final do jogo e com o nível certo adquirido consegue derrotar o chefe final com poucas magias; ao escolher seu servo ele lhe acompanhará durante o jogo todo, por isso escolha bem seu parceiro pois ele irá lhe acompanhar a campanha toda e a cada progresso adquirido ele/ela acaba se abrindo um pouco mais com você até tal ponto que você pode se apaixonar pela personalidade dela, foi isso que ocorreu comigo e a Caster que para não falar muito, afinal de contas eu estou escrevendo uma bíblia, mas fez-me querer ser um bom marido; pelo o que eu vi do Gameplay alpha do remake parece que tal relação ainda estará presente nele, só que mais aprofundada pois estamos falando de um lançamento para os consoles da nova geração e da atual, então poderemos ver mais coisas num próximo teaser.

Studio BB/Type-Moon
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Falando das referências do Stay Night, elas começam justamente com a mecânica de Visual Novel pois existe duas rotas possíveis dentro do jogo e para explicá-las necessito que vocês já tenham visto o Last Encore pois irei falar da Rami VIII e Tousaka Rin, a Rin é fácil de explicar já que os personagens do Stay Night possuem quase a mesma história no Extra, só que quase todos foram “invocados” pela lua, com isso seus objetivos são diferentes da obra original, o objetivo da Rin é investigar o Leonardo B. Harway e seu motivo de querer o cálice sagrado, já a Rami mostra como o Extra engloba toda a franquia da Type-Moon pois ela é uma Alquimista do Instituto Atlas de Tsukihime, seu objetivo é estudar justamente o Se.ra.ph, que é o sistema da lua resumindo; você (jogador) pode se aproximar de uma das duas durante sua gameplay e na dependência de quem você aproximou, aparecerá servos diferentes para sua campanha, se você escolher a Rami o servo extra é uma referência direta ao seu mundo, mas se você escolher a Rin o servo extra é original do jogo, mas aqueles que assistiram o anime dele lembra que sua temporada regular que enfrenta as duas no último episodio da temporada, bem o servo extra que falei aparece no 4º andar, que no anime não foi mostrado, já o enfrentamento de uma delas, justamente aquela que você negligenciou, fica no penúltimo andar regular, o fato engraçado mesmo é que o protagonista do anime fez escolhas contarias as minhas durante a minha gameplay, isso adicionou demais a obra para mim e talvez eles desenvolvam isso no Remake já que vemos a Rin com um novo visual enquanto a Rami aparece com seu design do anime, como o jogo sairá em consoles parrudos provavelmente teremos mais momentos de interações com as duas; falando dos outros personagens do Stay Night além da Rin e do Archer temos o Shinji que é justamente o primeiro chefe do jogo, para agarrar os fãs da obra-mãe e para aqueles que adentram a franquia pelo Extra mostrar o porque ele é odiado por todos os fãs de Fate, a Taiga, sim a Taiga, seu papel, além de ser professora, é passar algumas side-Quests durante as fases e se você completar todas aparecerá um servo secreto que é a Ryougi Shiki de Kara no Kyoukai e ela não é a unica personagem pois tem a Aozaki Touko junta com sua irmã Aozaki Aoko, a bruxa vermelha de Tsukihime e ambas estão numa capela cujo padre é Kotomine Kirei, é uma mistura que explode a cabeça logo após mergulhar no Nasuverse, mas a utilidade das irmãs do jogo é ser o menu de habilidades para você aumentar o nível do seu servo, enquanto o padre é só nosso garoto de recados durante a campanha, reforço o que dizer sobre as duas conquistáveis aqui e adiciono que ver algumas cenas das irmãs brigando e o Kirei intervindo, seria um momento marcante para os jogadores novos e antigos do jogo.

Type-Moon
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Por fim o que espero do remake além do que eu tenha falado é algo sim: legendas em português, a franquia Fate enfrenta um grande problema para se consolidar em terras tupiniquins que é justamente a ausência de conteúdos adicionais disponíveis em nossa língua, os animes são de fato uma boa porta de entrada na franquia, mas eles por si só, não garantem a fixação da franquia no mainstream pop do país, mesmo que se pensarmos que os jogos da série chegarem com legendas em inglês seja um bom ponto, não é o crucial para chamar atenção para aquelas pessoas com um nível deficitário da língua saxã e como o Extra é um RPG com bastante diálogo será complicado convencê-los a jogar, principalmente pelo fato de achar que o anime já contaria essa história, algo que não ocorre, sei que estou sendo chato, mas por mim seria um ponto que conquistaria muita gente que gostou do anime.

Studio BB/Type-Moon
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Bem basicamente é a minha opinião sobre essa obra e seu remake, não necessariamente a opinião do site, como podem ver, provavelmente não será a mesma da sua então deixe nos comentários e lembrando eu não xinguei ninguém então façam o mesmo e até logo.


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