A Individualidade inata de Izuku Midoriya.

É inegável o fato de Boku no Hero ser umas das grandes obras de nosso tempo – pelo menos pra mim, é uma obra que fala muito de valores, sobre amizade. Humildemente, eu entendo que Boku no Hero é uma obra que fala de algo muito importante para qualquer ser humano, esta obra fala sobre o que se faz quando se tem uma “segunda chance”.

Talvez você esteja se perguntando sobre o que eu estou falando, por quê este anime fala sobre uma segunda chance? Pense junto comigo: um mundo onde mais de 80% da população tem super poderes, onde todos que você conhece – amigos, familiares, amigos de amigos são “especiais”, temos um garoto chamado Midoriya, que “não tinha” poder algum, um “zé ninguém” desprezado e até humilhado por seus colegas de classe, ridicularizado como alguém sem futuro. Será que eu ou você não passamos pela mesma coisa?

Aquele garoto tinha como seu maior ídolo um herói conhecido como o “Símbolo da paz”, chamado de “All Might”, é interessante como o anime mostra a idolatria de Midoriya pelo seu herói. Com base em seu ídolo, nosso protagonista tinha o sonho de ser um grande herói, alguém que “salva todos com um sorriso no rosto”, mas como isso pode acontecer? Ele não tem poderes, ele não era especial. Foi muito marcante quando ele ainda criança pergunta para a mãe dele se ele poderia ser um herói tão legal como o All Might, a mãe dele pede desculpas e diz que não… Caraca, essa cena é muito forte, me emociono enquanto escrevo. Para você que esta achando que isso é papo furado, leia o primeiro episódio do mangá e depois releia este post. Midoriya somente queria que sua mãe dissesse que “sim meu filho, você pode!” Quantas vezes uma simples mensagem de apoio faria toda uma diferença…

Neste contexto, surge um ataque de um vilão que ataca o jovem Midoriya, que por sua vez é salvo por ninguém menos que o seu ídolo All Might, algumas coisas acontecem, Midoriya descobre sobre a fraqueza física atual de seu ídolo e o vilão escapa. Após tudo isso o vilão que escapou ataca o problemático – e mal educado, Bakugou e os heróis que lá estavam não faziam nada, ficaram de braços cruzados vendo o garoto ser atacado, até o próprio All Might estava vendo e não fazia nada, e foi neste momento senhores e senhoras, que surgiu o verdadeiro herói, o garoto que absorveu a ideia grega “Pathemata Mathemata”, aquele que norteou o seu aprendizado por meio da dor, da humilhação.

Midoriya corre pra cima do vilão mesmo “sem ter poderes” e arriscou a própria pele para tentar salvar alguém que não merecia nenhum pingo de consideração, ele afirmou que “o corpo dele se mexeu sozinho”, essa atitude fez o próprio All Might perceber o quanto tinha se desviado do caminho correto. Talvez você pense que o maior poder do jovem Midoriya é o “One for All”, mas eu lhe afirmo categoricamente que não, a individualidade inata de Midoriya é a de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para ajudar, não ficou dando desculpas, mimimi, ele foi e fez, uma vez um amigo disse algo que me “aquele que quer faz e aquele que não quer dá desculpas”.

Foi essa individualidade que fez Midoriya – e não Mirio Togata, receber o “One for All”, foi este poder que fez alguém que nunca poderia ser um herói receber uma segunda chance, e é este poder que cada um de nós tem, o poder de agir, de fazer história, o poder de vencer comentários de “você nunca vai ser ninguém” ou coisas do tipo, para mim, esta é a maior lição de Boku no Hero, se você não desistir e continuar mesmo que seja difícil, uma hora a “enfermeira” chamada Vida lhe concederá a oportunidade de uma segunda chance, tenha certeza disso!!!

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