Analisando a Dublagem: No Game No Life Zero Saiba os detalhes da dublagem do filme!

Gabriel Barcelos
(Redator do Blog)
No Game No Life Zero
©No Game No Life Zero

Para surpresas de muitos, na última sexta-feira (06/12) o filme No Game No Life Zero chegou ao catálogo da Netflix, e para surpresa maior ainda, com dublagem, no post de hoje falaremos sobre os detalhes dessa dublagem.

Sobre o Filme:

No Game No Life Zero
©No Game No Life Zero

Sinopse: ”Seis mil anos antes do Sora e da Shiro serem sequer um cintilar na história de Disboard, a guerra consumiu as terras, rasgando os céus, destruindo as estrelas e até mesmo ameaçando a extinção da raça humana. Em meio ao caos e destruição, um jovem chamado Riku lidera a humanidade diante ao amanhã que seu coração acredita. Um dia, nas ruínas de uma cidade Elf, ele se encontra com Schwi, uma feminina Ex-machina exilada, que pede a ele para ensiná-la o que significa ter um coração humano.”

Estúdio: Madhouse

Estreia: 15/07/2017

Sobre a Dublagem:

Estúdio: All Dubbing

Direção de Dublagem: Silvio Gonzalez e Rafael Schubert

Elenco de Dublagem:

  • Riku Dola: Yago Machado;
  • Schwi: Nica Nogueira;
  • Couronne Dola: Celina Beatriz;
  • Izuna Hatsuse: Adriana Albuquerque;
  • Sora: Bruno Carnevale;
  • Shiro: Jeane Marie;
  • Stephanie Dola: Jéssica Vieira;
  • Djibril: Dayse Richffer;
  • Tet: Mattheus Caliano.

Como vemos acima o elenco não é muito estrelado, com nomes menos conhecidos do mercado de dublagem carioca, mas isso nem sempre quer dizer que a dublagem não tenha qualidade, sempre há muitos talentos a serem descobertos por aí. Infelizmente esse não parece ser o caso, muitas escolhas infelizes foram feitas no filme, com vozes inexperientes ou que não casassem em nada com os personagens.

Começo com o trio principal exclusivo do filme, a Schwi da Nica Nogueira foi com certeza uma escalação muito equivocada, ao olhar para a personagem percebemos de cara que ela pede uma voz doce, suave, mas a impressão que ficou é uma adulta tentando sem sucesso forçar uma voz mais infantil, além dela tivemos a Celina Beatriz na Coronne que aparentou certa inexperiência com dublagem, não conseguindo entregar o que a personagem pedia, falhando muito na interpretação. Por fim temos o Yago Machado no protagonista Riku, neste caso, apesar de não ser a melhor escolha, consegue ter um desempenho bem ok, acredito que o personagem peça uma voz com tom mais maduro, portanto a crítica fica mais na escolha do que no dublador em si.

Falando dos personagens do anime, eles participam muito pouco do filme, portanto há vozes que não se pode cravar bom ou mal desempenho. Começando com as más escolhas, achei a escolha do Matheus Caliano no Tet não condizente com o personagem, tirando aquela riqueza na personalidade que vemos na versão japonesa, e como se trata de um personagem marcante, se perde muito nessa má escalação. A Izuna (Adriana Albuquerque), na Shiro (Jeane Marie) e na Djibril (Dayse Richffer) pelo pouco diálogo, foram vozes em que não se pode fazer uma avaliação segura, ainda que a primeira impressão não tenha sido muito boa.

Por fim, o Bruno Carnevale no Sora,  conseguiu entregar um trabalho de ok para bom, mas ficando aquele adendo de que se ouviu muito pouco para cravar algo. Finalizo com a sem sombra de dúvidas melhor escalação do filme, a Jéssica Vieira na Stephanie, essa por mais que o diálogo também não tenha sido grande, se percebe de cara que casou muito, que ficou dentro do que a personagem pede, uma ótima escalação ao menos.

Depois de falar do elenco, vamos à direção de dublagem, que foi feita por Silvio Gonzalez e Rafael Schubert, aparentemente os únicos (ou ao menos os mais utilizados) diretores da All Dubbing, e ainda que elogie a boa vontade deles para com os animes, o desempenho não tem sido dos melhores.

Escalações infelizes, ausência de grandes vozes no elenco e uma direção que peca em alguns aspectos são vistos com certa frequência, no filme destaco o erro na escalação de vozes diferentes no trio principal do filme (Riku, Schwi e Coronne) que na versão original são as mesmas do trio principal do anime (Sora, Shiro e Stephanie), inclusive se isso fosse feito de fato, tenho certeza que o desempenho seria melhor. Até poderiam não seguir isso, mas se tivessem no elenco grandes nomes para cobrir todos os personagens, o que não é o caso, então se seguissem o original, o desempenho seria ao menos um pouco melhor.

No Game No Life Zero
©No Game No Life Zero

Por fim tenho que dizer, fica aquele desapontamento com um trabalho feito no Rio que junto de SP são as principais praças de dublagem e que possuem muitas (muitas mesmo) vozes de qualidade, mas que não a vemos no filme, me pergunto o porque, pois por mais que critiquemos os trabalhos de estúdios Campineiros, Curitibanos e etc, ao menos nessas praças não temos as grandes vozes que temos no Rio e SP, o que deixa ainda mais negativo o mal desempenho observado no filme.

Com relação ao anime, NGNL juntamente com Danmachi e Akame ga Kill estiveram próximos de estrear também na Netflix, mas não veio a acontecer por algum motivo, já que havia ganhado data de estreia naquele momento, claro que ainda pode acontecer, quem sabe no próximo ano. Há indícios inclusive de que ambos tenham recebido dublagem no mesmo estúdio, o All Dubbing.

Fica então a expectativa de um melhor desempenho nesses trabalhos que virão!


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