Estes animes tomaram o lugar da última temporada de Shingeki no Kyojin O estúdio acertou em deixar a última temporada para se dedicar aos seus novos animes originais?

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Shingeki no Kyojin the Final Season
© MAPPA / Shingeki no Kyojin the Final Season

É inegável que Shingeki no Kyojin ou Attack on Titan como é conhecido aqui é um dos mais aclamados animes da geração. O mangá quando inicialmente publicado causava dúvidas ao espectador para entender sua narrativa e também seus traços, em grande parte a respeito dos Titãs. Contudo em abril de 2013 o até então desconhecido e novo no mercado Wit Studio surgia para lançar seu primeiro trabalho a primeira temporada de Attack on Titan. O sucesso foi imediato e se seguiu até 2019 com o lançamento da segunda parte da 3º temporada do anime, hoje de acordo com o site myanimelist.com como o anime em 2º lugar no rank dos mais bem avaliados (perdendo apenas para outra obra prima, Fullmetal Alchemist: Brotherhood). Pouco depois o estúdio abriu mão de realizar a última temporada do anime já devidamente explicado, pois desejavam seguir com obras originais e também pelo curto prazo para a realização no calendário. Ao final do ano passado, a última temporada foi lançado pelo estúdio MAPPA e também está entre as melhores produções já feitas (apesar de eu sentir que o CGI está muito forçado comparado ao Wit Studio). Nesse meio tempo, o Wit cumpriu o que prometeu e entregou duas produções novas originais: Great Pretender (julho até dezembro de 2020) e Vivy – Fluorite Eye’s Song (abril até junho de 2021).

Great Pretender

Great Pretender
© Wit Studio / Great Pretender

A primeira das obras foi lançada entre julho e dezembro de 2020. No entanto, diferente da grande maioria Great Pretender é um ONA (Original Network Animation), ou seja, seu lançamento foi decorrido diretamente na internet e posteriormente pela Netflix. Por conta disso, poucos ainda sabem a respeito deste conteúdo uma obra original. A história gira em torno de Makoto “Edamame” Edamura que se auto proclama como o maior vigarista do Japão. No entanto, ao tentar dar um golpe em um turista misterioso as coisas dão muito errado e a polícia percebe o jovem. Enquanto ia para Los Angeles, ele reencontra o turista, que também é um vigarista chamado Laurent Thierry. Este o desafio para poder comprovar ser o maior vigarista e Laurent aceita, deixando-o para aplicar um golpe no maior mafioso da Costa Oeste. Seguindo por vários locais do mundo, vemos Edamura com Laurent e seus associados neste mundo internacional de golpes de risco.

Enquanto Shingeki no Kyojin (Ataque ao Titã) apresenta material vindo de mangá, para esta obra o Wit Studio teve toda a liberdade em adaptar. Primeiro abordemos o próprio conteúdo da história que traz temas como uso de drogas, sexualidade, vida e morte e também dramas sociais. Por conta destes gêneros o anime acabou tendo sua estreia voltada para a internet para deixar claro desde o início que o anime contém materiais pesados e que remetem conceitos do cotidiano. Estes são muito bem explorados e seguidos em cada um dos personagens como vemos no decorrer dos 23 episódios.

Segundo ponto que destaco de grande diferença está no estilo da animação. Para esta obra, há muito menos uso de CGI e mais cores para a demonstração de cada novo ambiente explorado no mundo. Somando se a isso está um design com mais liberdade para explorar a representação de cada um dos protagonistas principais e secundários de acordo com seu contexto.

Por último não tem como fugir a uma excelente trilha sonora com uma grande homenagem ao nosso querido Fred Mercury como encerramento de cada episódio. O compositor escolhido foi Yamada, Yutaka que já realizou trabalhos em todas as temporadas de Tokyo Ghoul, Babylon e Vinland Saga. Pela primeira vez em muitos anos um anime teve acesso a uso de uma música envolvendo o artista e sua inserção representa cada letra e ritmo para a narrativa. E também era muito emocionante e impossível esquecer ao fim do episódio o espectador já vindo com aquelas primeiras palavras com a música subindo “oh yes, i’m the great pretender“. Um complemento há mais da trilha sonora também para a abertura com um ditado ritmo espetacular que segue ao longo dos episódio juntamente de músicas originais para cada um dos protagonistas. Tendo já assistido a obra, tirando a abertura e encerramento deixo como destaque “Someday” e “I’ll Keep You” feitas em parceria com Emarie.

Vivy Fluorite Eye Song
© Wit Studio / Vivy Fluorite Eye Song

Por fim, chegamos ao anime da atual temporada do verão 2021. Vivy Fluorite Eye Song nos conta sobre o conflito entre IAs (Inteligência Artificiais) e o humanos. Quando as IAs se rebelam e ameaçam extinguir a humanidade, um cientista da início ao Plano Singularidade. Retornando 100 anos no passado temos Vivy, conhecida na época como Diva a primeira IA autônoma com a missão de trazer felicidade a todos por meio da sua voz. Apesar de seus esforços em suas apresentações, o pouco movimento no parque insinua as dificuldades em cumprir seu propósito. Com a chegada de uma IA avançada do futuro que se auto denomina Matsumoto ele processa os dados a respeito da guerra do futuro para Vivy. Se vendo no meio dessa jornada, ela é puxada para essa função de impedir os acontecimentos enquanto busca cumprir com sua missão e entender o que significa cantar com seu coração.

A exibição do anime terminou ontem e após assistir ao último episódio, tenho como forte opinião um dos melhores anime da temporada e quem sabe do ano de 2021. Tudo funciona muito bem ao longo de seus 13 episódios, cada pequeno arco, seus personagens, visual, lutas (há quem se engane que este anime seja mais parado por ser musical, mas apresenta grandes lutas de ação) e claro músicas de tirar o folego e que trazem mais emoção a história. Quando encerrava um capítulo, sempre ia atrás dos principais acontecimentos para rever tudo em uma câmera mais lenta e poder ver todos os traços da belíssima animação produzida. Acredito que se o estúdio tivesse se mantido ao fazer a última temporada de Attack on Titan, mesmo que demorasse mais tempo para ser lançado, creio que as grandiosas cenas de ação envolvendo a luta de abertura da temporada final e a grandiosa batalha em Marley trariam revoluções se comparadas as da espetacular terceira temporada parte 2.

Por fim, novamente como citado também em Great Pretender o grande destaque mais uma vez se volta para a trilha sonora e suas músicas, incluindo a de abertura e encerramento. O próprio caminho da protagonista Vivy já trás e muito essa curiosidade e expectativa sobre as canções. Com o decorrer da narrativa, vemos também o principal questionamento já citado acima que a protagonista vive buscando entender, “o que significa cantar com o seu coração”. Por ser uma IA, Vivy tenta encontrar a explicação de como funciona esse dilema de expor seu objetivo por meio da sua voz para as pessoas, procurando entender principalmente como funciona a interpretação de cantar com sua voz usando os sentimentos ocultos em seu coração.

Comente aqui se vocês gostaram destes animes ou teriam preferido aguardar mais tempo e deixar o Wit Studio realizar a última temporada de Shingeki no Kyojin.


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