Um artigo no jornal japonês Excite News abordou uma polêmica em torno do Comic Market (Comiket). No último fim de semana, este evento atraiu mais de 260.000 participantes em dois dias, mas, infelizmente, o entusiasmo foi ofuscado por um assunto alarmante: o comportamento voyeurista de alguns fotógrafos em locais de cosplay. A reportagem do Excite News nos dá uma visão aprofundada deste incidente que causou polêmica nas redes sociais e destaca a necessidade de manter um ambiente respeitoso e seguro neste evento icônico.
Enquanto todos curtiam o evento de forma ordeira, fotógrafos voyeuristas foram denunciados nas redes sociais, causando polêmica imediata. Um dos destaques do Comiket são os locais de cosplay. Ao todo foram preparados três espaços para tirar fotos de pessoas fazendo cosplay, e todo o local ficou lotado a partir das 13h.
Infelizmente, fotógrafos voyeuristas ignoraram as “regras da fotografia” apresentadas pelo comitê organizador do Comiket e as quebraram repetidamente durante os dois dias. Em 12 de agosto, quando um repórter continuava sua cobertura do Comiket, ele viu um homem de meia-idade que continuava a se comportar de maneira suspeita. O sujeito carregava uma câmera digital compacta na mão, uma touca cobrindo as duas orelhas e um boné.
Ao mesmo tempo, uma cosplayer feminina com roupa de coelho e meia arrastão caminhava à frente dele, enquanto o sujeito caminhava logo atrás dela. Olhando de lado, foi possível ver que o homem segurava a câmera na altura do umbigo e o monitor mostrava que ele estava no modo de gravação de vídeo. Resumindo, o sujeito estava gravando as nádegas da menina de coelhinha, algo absolutamente proibido pela comissão organizadora do Comiket.
“As regras de fotografia do Comiket estabelecem que é proibido filmar sem a permissão da pessoa-alvo, filmar de forma que outros não possam perceber que está sendo filmado ou fazer qualquer tipo de fotografia voyeurística.” Quando a repórter perguntou à cosplayer se ela havia dado permissão para esse cara, ela respondeu que não. O repórter se apressou em apontar e o homem começou a correr na direção oposta, desligando rapidamente a câmera. Quando o repórter o pegou pela mão e o segurou, o sujeito se desculpou ferozmente e disse que apagaria todos os vídeos, pedindo desculpas a todos os presentes.
Em seguida, a cosplayer entrou na conversa e expressou: “Estamos prestes a entrar nos vestiários, então não tenho tempo para lidar com isso. Eu vou te perdoar por esta ocasião, então, por favor, apague todos os vídeos e me prometa que isso não vai acontecer de novo, e depois peça ao repórter para liberar o homem.”
O repórter narra que testemunhou esses comportamentos três vezes durante o mesmo dia, incluindo gravações de vídeo não autorizadas da fila de espera e até mesmo extremamente próximo dos cosplayers. Chamou a atenção dos cosplayers e pediu-lhes para estarem atentos a estas situações, mas acontece que estes casos não são incomuns.
Os internautas nas redes sociais expressaram sua indignação com a presença de voyeuristas no Comiket, dizendo que é crime fazer esse tipo de fotografia e gravação, e que é surpreendente o número de criminosos que comparecem a esse evento todos os anos. Embora haja funcionários e policiais presentes no local, muitas vezes essas situações passam despercebidas e os sujeitos acabam se safando.
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