Review: Dies Irae Aprenda a como não começar um anime.

Márcio Vinicius
(Revisor de Editorial)
@mvini_oliv
©A.C.G.T./Masada Takashi

Dies Irae (TV) – Ficha Técnica

Gênero: Ação, Superpoderes, Magia
Estúdio: A.C.G.T.
Baseado em: Visual Novel
Número de Episódios: 11
Estreia: 2017 | Temporada de Outono

Vamos começar de uma forma diferente dessa vez? Iniciar falando um pouco sobre o estúdio A.C.G.T., e também um pouco sobre a staff da adaptação para anime. Podemos dizer que esse não é um estúdio ruim, fez obras conhecidas, e, por sinal, consegue manter a regularidade de animação nas obras. Não foi diferente com Dies Irae. Conseguiram entregar uma animação fluída e com bastantes cores, algumas até vivas demais para o clima sombrio e com o tom escuro que usavam.

Esse tom escuro poderia ser usado de uma forma melhor. Em ambientes noturnos incomodava muito. Não ficava tão favorável para as cenas de ação; Dificultando às vezes para saber o que estava ocorrendo de início. Mas tirando isso, conseguem passar bem o clima de mistério.

A direção de Kudou Susumu é bastante regular durante os episódios, pois se trata de um diretor com bastante experiência. As músicas temas de abertura (“Kadenz” – Yui Sakakibara) e encerramento (“Opera (オペラ)” – PheroMen) colaboram muito com a obra, conseguem trazer bem o ambiente da animação em si.

Por que começamos pelo estúdio e a staff? Simples! Porque agora temos o exemplo perfeito de como algo não deu certo, mesmo com um estúdio e staff “competentes”. Quando anunciaram que a Visual Novel iria ter adaptação para anime, já percebemos que seria um pouco confuso pelas diferentes rotas que tem no material original. Mas esse não é o caso. O caso é como Masada Takashi, sendo o roteirista e criador da obra original, inicia o anime com um episódio tão confuso?

Iniciamos o anime com o episódio zero, uma espécie de pré-estreia para o que está realmente por vir. Antes de continuarmos, te aconselho se ainda não viu o anime, que pule esse episódio, pois irá só te deixar ainda mais confuso criando teorias sobre o mesmo. Esse episódio funciona mais quando você conhece o Tritan Eugen Heydrich “Reinhard”, o vilão da história, aí realmente é hora para ver o episódio zero. Agora, continuando… se começar pelo mesmo, dá a impressão que aquela seria uma espécie de batalha que aconteceria no final do anime.

Vamos esquecer o que realmente vimos no episódio zero, pois o episódio um já elimina o seu precedente totalmente. Temos um início mais rápido, uma briga em um terraço sem motivo aparente com seu melhor amigo, pelo menos não poderemos dizer que foi um começo clichê, não é mesmo? Após este ocorrido, já temos um bom momento slice of life, apresentando e criando laços entre as personagens principais.

Mas após o primeiro episódio, parecia que o anime finalmente iria começar a “brilhar” e mostrar ao que veio. Só parece mesmo. Porque a cada episódio, uma personagem nova é inserida, mais informações veem junto também, e, assim, aumenta um pouco da confusão da história. Quando você realmente acha que o Ren irá mostrar o seu poder, ele não faz nada. Mas pelo menos a obra conta com personagens secundárias bastantes carismáticas.

Concluindo. O anime ainda não foi finalizado, teve até o momento um total de doze episódios (contando com o zero), ainda faltam mais seis, que não serão lançados no formato TV, pelo motivo de baixo orçamento. É uma obra para quem gosta de mistério. Que gosta de esperar a evolução do protagonista até o final. E goste de bastante sangue, fator até exagerado por parte da direção. Porém, no geral, toda a produção é confusa da forma que é entregue.

Nota: 4 – Ruim


ESCUTE no SPOTIFY
SUA OPINIÃO É IMPORTANTE. COMENTE AQUI!
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião
deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.