Shuumatsu no Valkyrie pode gerar polêmica no seu lançamento Brincar com religião pode ser perigoso

Ana
(Supervisora da redação)
@anapnf
Shuumatsu no Valkyrie
©Shuumatsu no Valkyrie

A tão esperada adaptação animada do mangá escrito por Takumi Fukui e Shinya Umemura, e ilustrado por Ajichika, Shuumatsu no Valkyrie, poderia estar caminhando em águas perigosas antes mesmo de sua estreia. Sua premissa é simples: um campeonato de lutas entre humanos e deuses da mitologia e teologia. No papel, a ideia é muito boa e divertida, mas na realidade as coisas poderiam ser diferentes.

Acontece que algumas das divindades que aparecem na história não são mitológicas, mas de uma religião atualmente ativa. Enquanto a série mostra Adão, o primeiro humano de acordo com a Bíblia, enfrentando entidades como Thor e Hércules, ela também mostra Shiva, o deus hindu da destruição, em um papel bastante proeminente. Usar ícones judaico-cristãos e budistas em anime não é incomum, mas a controvérsia tende a explodir sempre que deuses hindus são mostrados. Isso poderia colocar Shuumatsu no Valkyrie na mesma polêmica que o mangá original passou.

A polêmica em torno da obra se manifestou no governo dos Estados Unidos em outubro de 2020, quando Rajan Zed, presidente da Sociedade Universal do Hinduísmo, emitiu um comunicado criticando o mangá por sua banalização dos deuses e deusas hindus. Esta não foi a primeira vez que Zed fez tais reclamações. Ele criticou anteriormente o jogo Shin Megami Tensei IV: Final por apresentar Krishna, o oitavo avatar de Deus Vishnu, e o jogo SMITE por apresentar a Deusa Kali. Ele também criticou abertamente Apocalypse em X-Men: Apocalypse.

Zed argumenta que canais como este deturpam os ensinamentos hindus, apresentando uma versão deles que é imprecisa na melhor das hipóteses e insultuosa na pior. No que diz respeito a Krishna em Shin Megami Tensei IV, Krishna tinha pouco ou nada como as representações tradicionais dele na tradição hindu. A pele azul de Krishna se foi, mas foi adicionado um chapéu de feltro que o faz parecer um gangster subversivo.

Da mesma forma, Shuumatsu no Valkyrie retrata Shiva como uma potência brutal no mesmo nível de Thor ou Hércules, o que está longe da realidade que cerca a figura. Isso poderia dar ao público, de outra forma não familiarizado com a religião, uma visão muito diferente do hinduísmo do que seus seguidores poderiam desejar. No final, resta esperar até 17 de junho para que a série seja lançada mundialmente através da plataforma Netflix para ver como as coisas vão evoluir.

Fonte:Aqui!


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